Eleições locais com mudanças
Em 6 de outubro de 2024, ou seja, daqui a um ano, os 156,5 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas para escolher os seus 5,570 prefeitos e 60 mil vereadores eleitores. Se as eleições estaduais e nacionais determinam os destinos macros, as municipais discutem nossos quintais. Política, partidária e ideologicamente são pleitos descolados.
O processo eleitoral de 2024 que acontecerá com mudanças, entrevas quais as associações partidária se dando através federações, criadas para teoricamente arrumar a bagunça dum complexo sistema que possui 30 siglas legalizadas pelo TSE.
E ai entra uma das diferenças entre as eleições gerais e locais. Não são em todos os municípios que partidos da mesma federação - hoje em número de três – que estão do mesmo lado.
Outra mudança certa é que vai haver uma redução drástica do número de candidatos às câmaras. Agora, os partidos só poderão inscrever um nome a mais na sua lista além do número de cadeiras disponíveis no seu município. Ou seja, se o Legislativo local possui 15 vereadores, o partido só pode inscrever 16. Na última eleição eram mais de 20.
Essas modificações são certas, mas existem outras que estão em análise, seja na Justiça, como a regra das sobras de votos, e no Congresso, onde tramita uma PEC para instituir consultas populares para ocorrerem junto com as eleições.
Outras mudanças como antecipação de calendário, prestação única das contas de campanha, liberação de doações via pix, maior volume de recursos para candidaturas de mulheres e transporte de eleitores estão em curso no Congresso dentro da chamada minirreforma eleitoral. Mas elas dificilmente valerão. Passou pela Câmara dos Deputados, mas precisam ser aprovadas pelo Senado e sancionada um ano antes da eleição. E isso dificilmente será feito até a próxima sexta-feira.
E a propósito: você lembra em qual vereador ou vereadora votou? O prefeito ou a prefeita escolhidos por ti fizeram bem o serviço? Vale a pena mantê-los no cargo ou o seu grupo na administração? As tuas sugestões e necessidades de cidadão têm sido atendidas?