A chuva forte e ininterrupta dos últimos dias tem gerado uma tensão muito grande em boa parte dos gaúchos. Uma por tudo que aconteceu em Muçum, Roca Salles e Lageado e nas demais comunidades ribeirinhas do Taquari. Outra porque o tempo ruim não dá trégua.

É muita chuva. Até às 6h da manhã desta quarta-feira (13) foram 260 mm desde o dia 3 de setembro em Camaquã. E somente nas últimas 24 horas anteriores às 6h desta manhã tinham sido 115 mm.

E ai, lógico, vem à cabeça das pessoas uma série de preocupações, que diga-se, é compreensível. Agora, o que temos que tentar evitar é o pânico. E hoje pela manhã, a combinação da chuva excessiva, dum açude que rompeu na BR 116 e um monte de imagens, inclusive de enchentes antigas nos grupos de Watts App, gerou boatos e um pavor em parte dos moradores de Camaquã.

A questão é que nessas horas temos que buscar informações de quem entende do assunto, dos técnicos, das autoridades responsáveis e dos veículos de comunicação comprometidos em retratar a realidade. E aqui eu quero cumprimentar ao time da Rádio Acústica, que com total equilíbrio reportou o que estava acontecendo – e também o que não estava.

Na mesma emissora falou o engenheiro agrônomo Everton Fonseca, responsável pelo sistema de irrigação da AUD. Entre as informações que o sensato e competente Everton passou destaco aqui três pontos.

1. A barragem do Arroio Duro está com nível alto, mas existem mecanismos de descarga dessa água antes, durante e depois que o excesso atinja o nível máximo, sem que haja comprometimento nas áreas de moradia.

2. Já sabendo que vinha um El Niño pela frente a AUD e a prefeitura firmaram um convênio para o desassoreamento de canais e arroios na cidade e na área de várzea. E esse serviço começou a ser feito há três meses.

3. As chuvas deverão diminuir nos próximos dias, o que aliviará a pressão do excesso de água.

Além disso, eu quero também lembrar a todos que o poder público, através da sua defesa civil, corpo de bombeiros e demais órgãos municipais está preparada para emergências. Para isso temos gente, que se supõem, esteja treinada para isso.   

Nos preocupemos sim, mas baseados em informações verdadeiras de fontes que mereçam credibilidade.