Gigantes do agro lançam hoje documento no Egito para reduzir aquecimento global
Com o apoio das maiores produtoras globais de commodities, dos governos dos EUA e do Reino Unido e organizada pelo Fórum Econômico Mundial e Tropical Forest Alliance, um plano para limitar o aquecimento global será lançado nesta segunda-feira (07) na COP 27, em Sharm El-Sheikh, no Egito.
O foco são os produtores de soja, carne e óleo de palma e a meta é de conter o aquecimento global, no máximo, a 1,5° C. Embora o texto final de o que está sendo chamado como “Roadmap dos traders” (na tradução livre ”Roteiro dos comerciantes”) não seja conhecido, ambientalistas temem que a iniciativa seja fraca.
A ideia começou em novembro de 2021, na COP 26, em Glasgow, quando as maiores empresas de commodities globais anunciaram uma declaração se comprometendo a ter uma ação coletiva para garantir que seus negócios estejam na rota de limitar o aquecimento.
ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, Cofco, JBS, Louis Dreyfuss Company (LDC) e Marfrig são algumas dessas gigantes envolvidas. O texto do roadmap é mantido em sigilo pelas empresas.
“Tememos que esse não seja um documento que coloque o setor no caminho de 1,5° C”, diz Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil. A ong internacional acompanha de perto a iniciativa.
“Se sair desta forma, o compromisso é totalmente insuficiente para o que é necessário”, diz Voivodic. Outro ponto em aberto é se o roadmap irá considerar desmatamento ilegal ou qualquer desmatamento.
No comunicado, as ongs pedem cadeias de fornecimento de commodities “completamente livres de desmatamento”, mantendo compromissos pré-existentes com data de corte anterior a 2020 (moratória da soja) e transparência e rastreabilidade total.
(As informações são do Jornal valor Econômico)