As certezas do 1º turno e as perguntas para o segundo.

As certezas do 1º turno e as perguntas para o segundo.

Alguns resultados do primeiro turno das eleições surpreenderam a julgar pelo que as pesquisas indicavam. Outros nem tanto. Estratégias, manobras de última hora e ondas de final de disputa também mudaram algumas situações aparentemente consolidadas. Uns se deram bem, outros nem tanto. Alguns destaques:

PP e MDB enfraquecidos

O MDB já saiu mal por pela primeira vez, após a volta do voto direto, não ter candidato solo ao Palácio Piratini. Já o Progressistas teve candidato, mas em nenhum momento o partido abraçou integralmente a proposta do senador Luis Carlos Heinze, que fez uma micharia de votos para governador.

Fiasco

Para completar o fiasco pepista, a sua candidata ao Senado Nádia Rodrigues desistiu da vaga na semana da eleição.   

Efeito Orloff

A julgar pela condição assumida de meros apêndices, MDB e PP deverão se tornar, em breve, aquilo que se transformou o PDT no Estado ao longo dos últimos anos: zero de protagonismo. 

Nariz menos empinado

O tucano Eduardo Leite é um dos que mais saem chamuscados das labaredas eleitorais. Com um pool de partidos sustentando a sua candidatura, entre os quais MDB e PP, o pelotense teve uma votação bem abaixo do esperado e quase ficou fora do segundo turno. A frustração talvez o estimule a exercitar mais a boa e velha prática da humildade.

Queda

Convenhamos que de uma provável candidatura à Presidência da República para uma quase não ida ao segundo turno do estado que governou recentemente é um tombinho bem significativo. 

Vencedor

Onyx Lorenzoni (PL) se lança fortalecido para o segundo turno. Sua associação, às vezes criticada até entre aliados, ao seu líder Bolsonaro, se mostrou uma estratégia exitosa.   

Dinheiro desperdiçado

Os institutos de pesquisas eleitorais terão que rever seus métodos e conceitos. E os grandes grupos de comunicação devem também revisar a necessidade de contratá-los. No Rio Grande do Sul às ganhas. Pelos levantamentos, Olívio Dutra (PP) seria o novo senador e Leite o mais votado.

Erraram geral  

Em outros estados também muitos levantamentos não retrataram nem de perto a verdade das urnas e o próprio percentual real de Jair Bolsonaro (PL) ficou acima do projetado.

O segundo turno?

Seria melhor para Onyx disputar a eleição com o petista Edegar Pretto (PT), pois seria mais fácil cooptar os eleitores anti-petistas de Eduardo Leite do que reverter a sua rejeição entre os petistas, que deverão ir se abster ou votar em Leite.

Fator MDB

O MDB, amaldiçoado pelo PT que o culpa pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, voltará a ser cortejado de novo por Lula e a sua turma. O partido tem nichos eleitorais fortes no Brasil, e deverá também ser convidado para uma composição com Bolsonaro.

Zero a zero

Bola no centro e começa uma prorrogação tensa no segundo turno para Presidência da República. É outra campanha e Jair Bolsonaro, que pelo resultado e pelo desempenho de muitos dos seus candidatos no primeiro turno, se projeta mais vitaminado para essas etapa final. 

Vento bolsonarista  

Ao contrário do que muitos pregaram ou torciam, a onda bolsonarista ainda sopra forte no Brasil, contra um lulismo que teima em desequilibrar em nichos e regiões, como a dos estados do Nordeste.Teremos muitas emoções nesses próximos trinta dias!