Em coletiva, organizadores projetaram a 32ª Abertura da Colheita do Arroz
A organização da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas realizou nesta segunda-feira, 24 de janeiro, coletiva de imprensa virtual para detalhar a programação do evento que ocorrerá de 16 a 18 de fevereiro, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Consolidado nacionalmente, o evento traz como tema "A Produção de Alimentos no Pós-Pandemia''. Novos Patamares, Novos Desafios", e tem a sua programação voltada a apresentar ferramentas para a gestão de negócios dos produtores. A expectativa é de que 7 mil pessoas participem presencialmente e 3 mil de forma on-line.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, iniciou a coletiva destacando que a informação é cada vez mais um ativo fundamental para a gestão eficiente das propriedades rurais. “Nós temos um protagonismo na produção nacional, o que nos traz uma responsabilidade muito grande em apresentar aos produtores as ferramentas necessárias para uma boa condução dos seus negócios”, afirmou, informando que já estão confirmados mais de 90 expositores.
Segundo Velho, neste ano, ocorrerá de forma inédita a visita do Fundo Latinoamericano de Arroz Irrigado (Flar a sigla para o nome em espanhol) que fará sua primeira reunião presencial após dois anos e estão programados para conhecerem o evento. “O Flar vem colaborar e engrandecer ainda mais a Abertura da Colheita do Arroz que tem, neste ano, a confirmação da presença de mais de 17 países”, colocou, ressaltando que a programação do evento contará com pautas de mercado, tendências em relação à demanda alimentar, cenários e perspectivas, sustentabilidade na área ambiental, inovação e tecnologia, assim como gestão eficiente da pecuária. “Também teremos um painel sobre custos de produção, um tema atual e que nos preocupa muito. Enfim, um programa que se encaixa muito bem neste viés que a Federarroz acredita que é a rotação de culturas. E teremos ainda as homenagens com a entrega da Pá do Arroz”, concluiu.
O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rodrigo Machado, salientou que o evento é o fórum adequado para discutir todas as questões que envolvem a cadeia produtiva do arroz. Reforçou a presença de 40 vitrines tecnológicas com o que há de mais moderno na pesquisa e extensão rural. "É importante a presença do nosso produtor para olhar in loco e conversar com os nossos técnicos e extensionistas, olhar de perto o que está se fazendo e o que está se buscando para o futuro da cadeia orizícola"., colocou Machado, agradecendo pela parceria em um momento importante de estruturação do Instituto. Também salientou que o evento terá muita troca de conhecimento e de experiência, seguindo todos os protocolos sanitários para a segurança dos presentes.
O coordenador técnico da Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, André Andres, lembrou que este é o quarto ano da Abertura da Colheita na Estação Experimental Terras Baixas, o que é motivo de orgulho pela confiança da Federarroz. Conforme Andres, isto quer dizer que algumas coisas estão dando certo, como as vitrines tecnológicas que iniciaram na safra 2018/2019 com três hectares e hoje, na safra 2020/2021, já supera os nove hectares. “Lá atrás nós falávamos de arroz e ainda tinha milho e soja, e atualmente é uma realidade os grãos, com a entrada da integração com a pecuária. É muito bom participar desse crescimento”, observou. Andres colocou, ainda, que a Abertura da Colheita do Arroz é o maior evento dentro da Embrapa no Brasil, com o envolvimento de mais de nove unidades da empresa.
Temas setoriais também foram abordados durante a coletiva, em especial sobre a estiagem no Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da Federarroz, os levantamentos sobre perdas ainda estão sendo feitos, mas certamente haverá uma diferença na produção total. "A seca tem se agravado, estamos preocupados porque há um cenário preocupante em relação à custos e preços com uma queda de mais de 40% pago aos produtores e isso nos traz uma obrigação maior de altas produtividades. Por isso falamos da intensificação dos sistemas de produção. Isso nos trará estas altas produtividades e fará com que os produtores tenham melhores condições de enfrentar este momento preocupante", destacou. O presidente do Irga lembrou que a instituição organizou um comitê de monitoramento dos efeitos da estiagem e semanalmente tem colocado este relatório para conhecimento de toda a cadeia produtiva. "Estamos fazendo estes levantamentos com muito cuidado e atenção", reforçou.
A 32ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas seguirá o formato híbrido com atividades presenciais e on-line. A programação contará com as vitrines tecnológicas, feira, palestras e debates, homenagens e ato da Abertura Oficial. A organização é da Federarroz com correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Informações e inscrições.
Da Assessoria de imprensa da Federarroz