Campanha irresponsável do MPF e foco na irrigação: veja o balanço de fim de ano da Farsul
Em formato misto (presencial-online), o Sistema Farsul realizou, na quinta-feira (9) sua tradicional coletiva de imprensa de fim de ano para apresentar o balanço de 2021 e fazer projeções para 2022. O encontro, que aconteceu na sede da Federação serviu para o presidente Gedeão Pereira, apresentar os três principais compromissos para o novo mandato que inicia em 1º de janeiro de 2022:
- Irrigação
- Questões ambientais
- Programa Duas Safras
Gedeão elencou os principais acontecimentos do ano que tiveram a participação direta do Sistema Farsul:
- O novo status do Rio Grande do Sul de livre de febre aftosa sem vacinação
- Alteração na legislação sobre uso de agroquímicos no estado
- Construção do programa Duas Safras.
- Mercado internacional, em especial as exportações de carne para a China.
"Estamos preocupados em remover esta imagem negativa criada em cima do agronegócio brasileiro, principalmente pelas questões amazônicas”, falou no fim dum ano em que o debate ambiente/agricultura fervilhou.
Gedeão criticou uma campanha realizada pelo Ministério Público Federal contra a utilização de produtos químicos nas lavouras.4
"Eu tenho absoluta confiança naquilo que estou fazendo. Sou consumidor assim como meus filhos e netos. Não tenho nada contra orgânicos, acho que as pessoas tem a liberdade de produzirem e consumirem o que quiserem eu sinto mais segurança no tratamento químico, do que no tratamento orgânico. É uma apreciação pessoal minha”.
O dirigente disse que campanha é irresponsável porque é impossível para o produtor rural produzir alimentos na quantidade em que está sendo demandado pela humanidade sem a utilização de produtos químicos, que são remédios para as plantas e animais, assim como nós vamos à farmácia comprar remédios. Infelizmente o MPF não entendeu esse processo e não está se abrindo ao diálogo e trata de fazer campanhas que nos parece equivocadas e absolutamente irresponsáveis", criticou.
O presidente do Sistema Farsul também falou da preocupação com a seca que já começa a atingir as lavouras do Rio Grande do Sul, especialmente do milho. Gedeão destacou que o problema é recorrente no estado.
"Há anos que viemos trabalhando a respeito do tema irrigação e lastimavelmente nós não conseguimos evoluir por questões com o Ministério Público Estadual que impetrou uma ação e levou uma liminar que nos impede de fazer reserva de água tanto na metade sul, quanto na metade norte. Embora tenhamos um diálogo hoje mais promissor com o próprio MPE, também temos uma conversa muito íntima com Fepam, Sema e Casa Civil no sentido de tentarmos evoluir, mas o fato é que até agora nós não conseguimos", informou.