Seguro vai cobrir indenizações de até R$ 300 milhões a pecuária bovídea gaúcha
Por Alex Soares
Um contrato inédito foi assinado nesta segunda-feira, na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul. A apólice de seguro vai oferecer aos criadores gaúchos garantias reais de ressarcimento em caso de baixas em seus rebanhos por ocorrências de febre aftosa.
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O acordo, assinado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e pela gigante FairFax Seguros, foi articulado pela Farsul. O presidente da entidade, Gedeão Pereira comentou que a iniciativa tem a finalidade de garantir tranquilidade aos criadores.
A pecuária gaúcha foi certificada oficialmente pela Organização Mundial da Saúde Animal, no último 1º de setembro, como livre da doença sem a vacina. Há 21 anos, porém, o setor passou por um grande trauma, quando mais de 11 mil animais foram sacrificados por causa de focos da doença.
Na época não existia ainda o Fundesa-RS (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Agropecuária), criado em 2005. Os produtores foram indenizados, mas a repercussão negativa afetou o mercado. Hoje, a situação é bem diferente, a começar pelos próprios protocolos e estrutura sanitária.
A FairFax pertence a uma holding do mesmo nome, de origem canadense e que atua com seguros e resseguros em vários segmentos produtivos em mais de 100 países.
Para se chegar aos valores finais da apólice assinada com o Fundesa, a Fair Fax encomendou um estudo de riscos, assim como já foi feito por ela em outros segmentos do agronegócio.
A importância do contrato assinado na Farsul pode ser medida pela sua cobertura. O valor da indenização da apólice reembolsaria o equivalente a 10 vezes mais animais do que os sacrificados há 20 anos.
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