"Estamos perdendo energia com debates periféricos"

* por Jeronimo Goergen

Tenho acompanhado os debates sobre o voto impresso. Me permitam a oportunidade de fazer uma manifestação bem pessoal. Acredito que o foco central da sociedade brasileira deva ser outro.

Estamos perdendo energia com debates periféricos. E quem perde com isso? Nosso Brasil. Eu tenho procurado fazer a minha parte como político. Confesso que não é fácil pertencer a uma classe tão descreditada e criticada.

Neste último mandato como Deputado Federal, fui chamado para cumprir duas grandes missões legislativas. E consegui entregar ao país a Lei da Liberdade Econômica e o Documento de Transporte Eletrônico (DT-e), duas grandes revoluções na desburocratização e na redução do peso do Estado na vida dos empreendedores. No entanto, estes e outros tantos avanços acabam se perdendo na “esculhambação” dos debates ideológicos e nas falsas prioridades. É de se lamentar essa situação. Pertenço a um grupo político histórico, também conhecida como a “direita raiz”.

Fui aluno e discípulo da escola Pratini de Moraes. Desde o início lutamos contra Lula, o PT e seus satélites, alertando e mostrando à sociedade o perigo do avanço autoritário da esquerda, sua pauta contra os costumes, a escalada da corrupção e sua estratégia de perpetuação no poder. Milhares de brasileiros foram às ruas exigir o impeachment de Dilma Rousseff. Tiramos o PT do poder e elegemos um outro projeto para o Brasil. Um partido que já era para estar morto e sepultado, agora se arvora com a possibilidade voltar ao poder. E nós estamos alimentando esse “pesadelo” com nossos próprios erros. E estamos apenas preocupados com o voto impresso. Sinceramente, isso já deveria ter sido resolvido.

Em nossa democracia, esse tipo de pauta se resolve por meio do consenso. É ótimo que o tema seja decidido no voto, em Plenário. Vencendo ou perdendo, temos que passar adiante para as pautas urgentes e urgentíssimas. Há uma agenda econômica e social que precisa ser prioridade. Nossas empresas estão operando no limite, endividadas, operando com altos custos de produção, da mesma forma que as famílias brasileiras. O custo de vida disparou, basta ir no supermercado para sentir a realidade. Será mesmo que o voto impresso é prioridade para essa parcela da população?

As reformas estão aí para serem analisadas. Outros tantos projetos e ações dependem de nós para que possamos rearrumar nossa economia e devolver a esperança para nosso povo. Ainda há tempo para retomar a razão.

VOTAREI FAVORÁVEL, pois não imagino a eleição ser questionada no futuro pela ausência do mesmo e espero que possamos votar o mais rápido possível para não perdermos mais tempo ainda.

É o que penso sobre o tema.


* Deputado Federal