O Instituto Riograndense do Arroz (irga) começa junho com a sua presidência vaga. Após seis meses no cargo, o engenheiro agrônomo Ivan Bonetti teve a sua exoneração publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (1º).

Essa é a segunda baixa na atual diretoria da autarquia, nomeada no final de novembro de 2020. Em meados de maio deste ano, o diretor-técnico Ricardo Kroeff havia anunciado a sua demissão do cargo. Kroeff é servidor de carreira.

Na semana passada, em contato com o Conexão Rural, Ivan havia falado que sairia. Na oportunidade, solicitou espera para divulgar a decisão, pois o “pedido estava sendo processado de forma reservada”. Na conversa, alegou que tinha estipulado um prazo de seis meses para que as coisas “começassem a andar” no Irga.

Entre essas coisas está o projeto de reestruturação do instituto, elaborado por ele em conjunto com o então secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho. O plano contava com a criação de um fundo financeiro para o qual seriam destinados os repasses da TCDO (Taxa de Contribuição de Defesa da Orizicultura) do caixa único do Estado para o Irga. Após muitas conversas com integrantes do governo, próximo a Eduardo Leite, nada aconteceu.

A expectativa agora é em relação ao tempo em que será nomeado o novo presidente – e quem ele será. Em 2020, a entidade ficou dois meses sem comando.  

Dos quatro membros da nova diretoria, permanecem João Batista Camargo Gomes (Comercial) e Eduardo Milani (Administrativo).

Bonetti foi guindado ao cargo com forte apoio das associações e da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado. Antes da nomeação no Irga, ele foi diretor do Departamento de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural da Secretaria Estadual da Agricultura, nomeado pelo secretário Covatti Filho, com quem trabalhava em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Ligado ao Progressistas, o agora  ex-presidente do Irga trabalhou também para o então deputado federal e hoje senador Luis Carlos Heinze.  

Por Alex Soares