“União dos produtores será crucial para a troca do status sanitário do RS”, defenderam entrevistados    

“União dos produtores será crucial para a troca do status sanitário do RS”, defenderam entrevistados    

A nova condição sanitária do rebanho pecuário gaúcho, anunciada esta semana pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), após avaliação de junta técnica, foi abordada no Conexão Rural deste sábado (13), durante debate com as participações do secretário da Agricultura e Pecuária do Estado, Covatti Filho, do presidente da Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, e do coordenador do Núcleo  de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro/Ufrgs), professor Júlio Barcellos.

“Eu e o governador Eduardo Leite recebemos uma convocação da ministra Tereza Cristina (Agricultura), na última terça-feira, para uma reunião virtual. Mesmo confiantes, cheguei até a pensar que fosse alguma pendência, algum documento que eles (OIE) estavam exigindo a mais, mas não, era a notícia que esperávamos”, recordou Covatti Filho em tom de comemoração, ao informar que a certificação oficial da OIE está marcada para o dia 7 de maio, na sede do organismo, na França.

Para Lamachia, esse é o fato mais relevante da pecuária gaúcha dos últimos 30 anos. O dirigente admite que mesmo com todas as discussões promovidas entre os produtores, desde que o assunto tomou corpo no ano passado, ainda não existe consenso sobre a decisão de tornar livre o Rio Grande do Sul de zona livre de febre aftosa sem vacinação. “É verdade que não existe unanimidade, mas travamos um debate amplo e esse passo que estamos dando vem a partir de decisões meramente técnica”, comentou o advogado, ao pregar a necessidade da união entre os produtores para fortalecer mais ainda a pecuária gaúcha e brasileira.   

A mesma convergência é defendida por Júlio Barcellos para, segundo ele, “Criarmos condições para que possamos aproveitar ao máximo essa oportunidade que se abre”. Para o professor, não é somente a pecuária de corte que ganhará, mas sim todo o agronegócio gaúcho.

“Precisamos mais do que nunca ter coragem para enfrentar os obstáculos que virão, e um olhar permanente para dentro, para sabermos onde somos vulneráveis”, comentou Barcellos ao defender cuidados cada vez maiores com a sanidade.

Na conversa com o jornalista Alex Soares, os três convidados abordaram outros aspectos que envolvem a mudança do estágio sanitário do Estado. Confira abaixo vídeo com o bate-papo na íntegra.