Cavalo uruguaio e égua gaúcha levam os ouros 2020 da ABCCC
O Freio de Ouro 2020 confirmou o desempenho de dois campeões, que já experimentaram o degrau mais alto do pódio. Balisa III do Itapororó, da Cabanha Quaraci, de Santa Cruz do Sul (RS), montada por Fábio Teixeira, tinha levado o Bocal de Ouro deste ano. Colibri Matrero (foto), da Cabaña La Pacifica, do Uruguai, conduzida pelo ginete Gabriel Viola Marty, venceu a FICCC 2018.
Os seus adversários, porém, venderam caro os títulos. A qualidade morfológica e as parelhas disputas deste ano chamaram atenção de jurados, avaliadores e dirigentes da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, promotora da competição.
Francisco Fleck, que conclui o seu mandato com o Freio deste ano, comentou também sobre as dificuldades para realizar as provas, falou das lições que o atípico ano deixa e comemorou o bom ano comercial para a raça. (Veja entrevista abaixo)
A realização do ciclo foi uma grande tarefa realizada com êxito pela ABCCC. Devido à pandemia causada pelo Coronavírus, foi preciso estabelecer um protocolo sanitário, construído com a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS). Apenas organização, expositores diretos, ginetes e veterinários podiam participar das etapas classificatórias, que não tiveram a presença de público, mas foram transmitidas pela Internet pelo canal do YouTube da ABCCC e demais redes sociais da entidade.
O presidente da ABCCC, Francisco Fleck, ressaltou a importância de ter sido criado o protocolo sanitário e garantir que fosse cumprido a risca. Salientou que foram realizadas cinco classificatórias até chegar à final neste domingo. “Mesmo sem público presente no parque a estimativa é de que cerca de 80 mil pessoas tenham assistido as provas pelas nossas transmissões e pelas nossas redes sociais”, observou, lembrando que a prova do Freio de Ouro foi de altíssimo nível com alternância de cavalos e éguas nas primeiras posições.
Fleck disse, ainda, que a ABCCC lutou muito para que existisse a Expointer Digital e salientou a parceria do governo do Estado. “Conseguimos realizar as nossas provas durante o ano somente porque tivemos autorização do governo estadual e também da prefeitura de Esteio, o que foi muito importante, mas sempre cuidando da saúde das pessoas, cuidando para que houvesse condições de trabalhar em um ambiente aberto, e lutando todo o final de semana para fazer as nossas atividades com qualidade”, finalizou.
O julgamento ficou a cargo do trio de avaliadores Gustavo Silveira Rodrigues, Luciano Corrêa Passos e Mário Moglia Suñe na categoria das fêmeas, enquanto nos machos os jurados foram Lauro Varela Martins, Leonardo Rodrigues Teixeira e Thiago Schilling de Ávila.