Depois do México, o Panamá pode ser  o próximo a importar nosso arroz

Depois do México, o Panamá pode ser  o próximo a importar nosso arroz

Coluna de segunda-feira, 13 de Julho de 2020

Ouça no site:

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e no Spotifay

Alex Soares 

 

Frase do dia 

"Existem estudos que provam que o uso do Trevo Persa, pela melhoria que proporciona à fertilidade do solo, garante ganhos extras de 10 a 15 sacos por hectare”

(Alexandre Velho, presidente da Federarroz, batendo nas vantagens da integração lavoura-pecuária e enaltecendo a bola da vez da cobertura vegetal das áreas de arroz).   

Panamá na mira da exportação de arroz  

Se 2020 é um ano para ser esquecido para muito gente os arrozeiros não do que se queixar sobre a valorização do seu produto. Na sexta-feira, a cotação do saco batia na casa dos R$ 70,00 em Pelotas, quase que o dobro do que valia na mesma época do ano passado. Isso, numa semana em que se noticiou também um junho com aumento das exportações em relação a maio, o que contribuiu para um acumulado de 900 mil toneladas vendidas para fora em 2020.

Novos mercados

Além do mercado mexicano, que há tempos os representantes do setor perseguiam, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, antecipou no programa Conexão Rural do último sábado (11) que há negociações avançadas com outros países e que o próximo a ser importador do arroz brasileiro poderá ser o Panamá.

 

Sobe mais

Velho também tem boas expectativas sobre o segundo semestre, indicando que possa haver negócios inclusive  acima dos preços registrados nestes último meses.

  

Razões

Diminuição de área, câmbio favorável, safra americana frustrada, aumento da necessidade de estocagem do varejo durante a pandemia estão entre as razões apontadas por Alexandre Velho para o maior volume de exportação registrado neste ano e também para a reação dos preços.

Empolgação controlada

Sobre a valorizada da safra deste ano, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho mostra entusiasmo, mas com os dois pés no chão. Sempre que pode, como aconteceu na entrevista que deu ao programa Conexão Rural do último sábado, Velho orienta seus colegas arrozeiros e não aumentar a área plantada do ciclo 2020-2021.  

 

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Polêmica dos canais irrigantes perto do fim

A Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD) foi elogiada pelo diretor da Farsul e coordenador da Comissão de Meio Ambiente da entidade, Domingos Velho Lopes, por causa da elaboração de um aprofundado trabalho técnico que comprova a condição de antropicidade dos canais de irrigação das lavouras de arroz. Produtores da faixa geográfica que costeia as lagoas do leste do RS estão sendo induzidos por fiscais da Fepam (Fundação Estadual do Meio Ambiente) a assinarem documento em que reconhecem os canais como pertencentes à lista das áreas de preservação permanente - as chamadas APPs.

Estudo derrubou tese

Domingos Velho Lopes aconselhou os arrozeiros visitados pela Fundação a não assinarem nenhum documento e que está se chegando a um entendimento positivo do tema. Na última semana, informou ele, numa reunião com a presidente do órgão, Marjorie Kauffmann, foram apresentados os argumentos contidas neste estudo por representantes da AUD e da Farsul que demonstram o equívoco da equipe da Fepam, que utilizou antigos mapas hídricos e do Exército para classificar tecnicamente os canais. Domingos Velho acredita que em até 30 dias a confusão seja desfeita.

 

Novo presidente

A AUD, referência estadual e nacional na gestão de água na agricultura, que está com novo presidente. É o produtor rural e ex-presidente da Associação dos Arrozeiros de Camaquã, Celso Bartz. A eleição foi na virada do mês e Bartz já assumiu a função.

 

Conselho

Com Bartz foram eleitos para o Conselho Diretor os produtores rurais Volzear Longaray Jr. (vice-presidente); Eurico Bridi (secretário) e Gustavo Souza (tesoureiro). O conselho ainda tem Marcos Janke Bartz, Ari Curtinaz e Alvaro Ribeiro.

Austeridade  

E é Álvaro Ribeiro a quem Bartz sucede. Os dois anos de dele na AUD foram marcados pelo enfrentamento deste tema dos canais antrópicos e também por medidas internas de caráter administrativo, os quais deram uma enxugada nos custos fixos da associação.   

Imagem

O Mapa criou uma série de vídeos para tentar melhorar a imagem do agronegócio no mundo.

Eles mostram as origens da produção brasileira de suco de laranja, açúcar, carne, soja e café. “Agronegócio brasileiro, alimentando o mundo, respeitando o planeta”.

Esse material será divulgado em redes digitais para investidores estrangeiros.

 

Rápidas

Preparado - O produtor rural Domingos Velho Lopes fala de qualquer tema ambiental que esteja relacionado com a agricultura. A Farsul está muito bem representado no setor.

Só virtual - A XV Jornada Nespro e I Congresso Internacional de Criadores estão cancelados em sua forma presencial. Haverá, entretanto, uma edição especial no formato virtual. Em breve, maiores informações.

Aplicações - A regulamentação do uso de drones nas lavouras será  tema de videoconferência nesta segunda, a partir das 14h.

Podcast Conexão Rural - segunda-feira, 13 de Julho de 2020