Fumageiras perderam a noção na hora de explorar os produtores
Quinta-feira, 2 de Julho de 2020
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Alex Soares
Entidades reagem aos exageros das indústrias
As entidades que representam os produtores de tabaco emitiram, nesta quarta-feira, nota conjunta em que alertam para um processo de desmonte do setor produtivo da cultura. O grupo critica a forma como as negociações de comercialização do produto vem sendo feita pelas indústrias. O documento é assinado pela Farsul, Fetag-RS, e Afubra, além das federações dos agricultores de Santa Catarina e do Paraná - Fetaesc e Fetaep.
No limite
As entidades acusam as empresas de descaso com os produtores, num momento em que atravessam dificuldades causadas pela longa estiagem e pela pandemia de covid-19.
Esteira
A queixa é a de sempre, mas agora com requintes de crueldade. O rigor na hora de classificar as folhas do fumo atingiu um ponto inaceitável, humilhante até, nas palavras dos próprios fumicultores. O rebaixando da classe se tornou indiscriminado.
Castigo
Os signatários também falam em "falta de sensibilidade das fumageiras, as quais têm castigado, como nunca, os produtores".
Frustração
"A safra 2019/20, que se iniciou razoável, tornou-se uma verdadeira frustração", diz um trecho do documento.
Golpe no seguro rural
A Polícia Federal desbaratou um esquema de fraude contra o seguro rural no Rio Grande do Sul. Na terça-feira, 30 agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão em propriedades rurais e em sedes de empresas de quatro municípios - Passo Fundo, Ijuí, Tapera e Salto do Jacuí.
Pronaf
A operação, chamada de "Hemera" pela PF, investiga desde o ano passado, golpes praticados contra o Banco Central e instituições financeiras, que operam o Proagro, relacionados ao Pronaf e Pronamp, do governo federal.
Notas frias
Entre os crimes estão adulterações de documentos e tentativa de estelionato para obtenção do seguro, entre os anos de 2016 e 2018. Os estelionatários justificavam perdas na produção, utilizando notas fiscais frias de insumos para receber o valor do seguro e se isentar do pagamento dos financiamentos.
Todos os valores
Foram indiciados também corretores de cereais e revendedores de agroquímicos. Não foram divulgados os valores dos prejuízos, mas são mais de 70 inquéritos, que apontam para operações individuais que foram de R$ 20 mil a R$ 300mil.
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Índices favoráveis
Relatório da Farsul revela que o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) registrou alta de 1,78%, enquanto o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) cresceu 7,26%.
Câmbio e petróleo
A variação da taxa de câmbio do período influenciou nos dois índices. A recuperação do preço do petróleo também colaborou no resultado dos custos.
Orientação
O Departamento de Economia da Farsul afirma que como a taxa cambial deve permanecer alta nestes próximos meses, o produtor deve se ater, mais do que nunca, aos custos de produção.
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Gafanhotos
O mau tempo desta quarta-feira impediu uma operação aérea de aplicação de produtos para neutralizar a população de gafanhotos, que ainda está ativa na Argentina, mas com menos força por causa do frio.
Monitoramento
O Senasa - órgão de sanidade argentino - informou também que se o tempo ajudar, a pulverização será feita nesta quinta-feira. Os insetos estão num local de difícil acesso, a cerca de 150km da fronteira com o Brasil.
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Ciclone
A Emater e a Secretaria Estadual da Agricultura realizaram um levantamento prévio dos efeitos do ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, entre a noite de terça e a manhã desta quarta-feira. Segundo a apuração, não houveram no meio rural prejuízos muito significativos para agricultura e para pecuária.
Registros
Entretanto, a Emater também registra perdas localizadas, em galpões, estufas e silos, e destelhamento de casas. Várias zonas rurais também registraram a ocorrência de falta de energia elétrica. Também teve relatos de perdas em áreas de reflorestamentos, em Erechim; de alho na região de Caxias do Sul e em olerícolas e bananais do Litoral Norte.
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Câmbio
O Dólar fechou a terça-feira valendo R$ 5,31/ - 2,24%
Já o Euro encerrou em R$ 6,97
A moeda brasileira ficou cotada em:
13,21 Pesos argentinos
7,79 Pesos uruguaios
O índice Ibovespa fechou com alta de 1, 21 %