Manchetes
* Produtores fazem carreata pedindo liberação de frigorífico em Passo Fundo
* Ex-presidente uruguaio aconselha atual presidente da Argentina a não brigar contra o campo
* Indústria de fertilizantes produz menos, mas vende mais, diz associação do setor  
* Nespro da Ufrgs acompanha leilões virtuais para criação de novas ferramentas aos pecuaristas
* Grão valorizado estimula contratação de seguro

Nespro acompanha leilões virtuais para criação de novas ferramentas aos produtores
Porto Alegre - A comercialização de terneiros no Rio Grande do Sul está sendo monitorada pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da UFRGS.  

O primeiro levantamento teve por base a transmissão de eventos pela TV e pela internet e foi feito entre os dias 22 de abril a 3 de maio. Os resultados deverão ser divulgados até o final desta semana. Barcellos diz que o monitoramento vai além dos preços, com a observação de outros aspectos para melhorar as ferramentas de vendas. 

Recentemente, o Nespro elaborou uma cartilha com dicas de  estratégias aos pecuaristas gaúchos para melhor expôr suas ofertas nos ambientes virtuais.  

Ex-presidente uruguaio aconselha atual presidente da Argentina a não brigar contra o campo
Montevideo - Em recente entrevista à rádio AM 750, da argentina, o ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica fez recomendações ao presidente argentino Alberto Fernández. Nelas, incluiu o setor agrícola. 

"Não cometa o erro de brigar com o campo", foi um dos conselhos dados por Mujica. Ele ponderou que a decisão da Argentina de se retirar das negociações entre Mercosul e outros blocos econômicos tem a ver com a necessidade de "respiração interna da economia", mas  pregou cautela. Para ele, um colápso do comércio entre Argentina e Brasil seria insuportável para a Argentina". 

Um das maiores insatisfações dos podutores argentinos é alta tributação dos produtos agrícolas exportados. Somente da soja, o governo absorve 33% do valor final das suas vendas a partir das retenciones.  

Grão valorizado estimula contratação de seguro
São Paulo - Os preços remuneradores do milho e a incerteza econômica em meio à pandemia do novo coronavírus impulsionam a contratação de seguro agrícola para a segunda safra do cereal no Sudeste e Centro Oeste do país.

A Sancor Seguros estima estima incremento de 10% nas vendas da modalidade que prevê reembolso por quebras na produtividade. Já foram contratados R$ 38 milhões em apólices com cobertura de 150 mil hectares. Já a BrasilSeg, empresa da BB Seguros, teve um crescimento de 75% a 80% no seguro rural, com 11.962 apólices e 1,8 milhão de hectares cobertos.

A valorização das cotações, o clima desfavorável da safrinha de 2019 e a boa safra de verão deste ano contribuíram para aumentar o interesse do agricultor. 

Indústria de fertilantes produz menos, mas vende mais, diz associação do setor  
São Paulo - As entregas de fertilizantes no mercado brasileiro em 2019 superaram em 2,1% o volume registrado em 2018. Foram 36,2 milhões de toneladas, contra 35,5 milhões no ano anterior, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Em dezembro, o volume entregue chegou a 2,632 milhões de toneladas, 11,1% acima do contabilizado em igual mês de 2018.
A produção nacional no ano passado totalizou 6,830 milhões de toneladas, queda de 16,4% em relação ao ano anterior. 

Produtores fazem carreata pedindo liberação de frigorífico em Passo Fundo
Passo Fundo - Produtores integrados e colaboradores da JBS em Passo Fundo protestaram, nesta segunda-feira, contra a interdição da unidade frigorífica pela prefeitura (RS). Três mil pessoas, em 800 veículos participaram de uma carreata. A empresa tem 600 integrados e gera mais de 2 mil empregos nesta planta de abate de frangos. 
A decisão pela interdição da JBS no município é cautelar e foi tomada pelo Ministério do Trabalho, a pedido do município, que acusou despeito às regras sanitárias em função dos riscos de contágio por corona vírus.  

Outra empresa que está com a suas atividade paralisadas pela Justiça é a BRF, de Lajeado. A empresa anunciou nesta segunda -feira que irá ingressar com novo recurso na justiça para voltar a operar.  As duas unidades tiveram funcionários contaminados.

No fim de semana, a JBS informou aos seus produtores integrados que irá reduzir o alojamento de aves a partir desta semana.
Passo Fundo, que nos critérios de isolamento do Estado, está sob a bandeira laranja (de médio risco) e Lajeado, com bandeira vermelha (de alto risco) registraram dois grandes focos de disseminação de Covid- 19, com um total 26 óbitos. 

Nesta segunda-feira, o governador Eduardo Leite explicou mais sobre as medidas de isolomento controlado e informou que ajustes vão sendo feitos de acordo com as circunstâncias. 

Agroindústria catarinense rechaça ameaça de paralisação
Chapecó -  A agroindústria da carne de Santa Catarina divulgou comunicado no qual informa que o eventual fechamento de unidades produtoras pode provocar problemas à comunidade e ao País, especialmente no quadro atual de quarentena determinado para o enfrentamento da epidemia de covid-19.
O documento é assinado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne). 
O texto fala ainda em impacto ambiental que uma interrupção de abates causaria, com a destinação diária de milhares de aves e suínos para aterros sanitários. 

Produção: Alex Soares