Leia e ouça o Repórter Sicredi/Conexão Rural, edição desta quinta-feira, 07/05/2020

Leia e ouça o Repórter Sicredi/Conexão Rural, edição desta quinta-feira, 07/05/2020

MANCHETES
* Tabela de preços do leite ao produtor não está sendo cumprida pela indústria 
* Cenário poistivo deve ampliar área plantada de trigo no no Rio Grande do Sul
* Exportações do agronegócio gaúcho tiveram queda de 23,3% nos primeiros 3 meses
* Juros básicos caem ao menor patamar da história 


NOTÍCIAS
Copom reduz juros básicos de 3,75% para 3%, o menor patamar da história
Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira reduzir a taxa Selic, básica de 3,75% para 3% ao ano. Esse é o sétimo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

O corte já era esperado pelo mercado. Com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica despencou no Brasil, assim como a inflação. A redução tem por meta o estímulo à economia.

Em nota, o BC afirmou “Para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da covid-19".
O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic. 


Levantamento de custos da FecoAgro/RS estima que alta nas cotações vai incentivar aumento de área para a cultura no Rio Grande do Sul - Repórter Nestor Tipa Junior.
Com a alta do preço do trigo em 21,7%, o produtor pode ter uma opção de renda na cultura nesta safra no Rio Grande do Sul.

A avaliação é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). A entidade divulgou o primeiro levantamento dos custos da lavoura para o período, conduzido pelo economista Tarcísio Minetto. Com esta projeção, o necessário em produção para cobrir o custo será 14,4% menor em relação ao período anterior.

O custo total do trigo no Rio Grande do Sul deve chegar a R$ 3.282,38 por hectare, Com isso, o produtor precisará colher 65 sacas para cobrir o custo total nestas condições. Já o desembolso ou custo variável ficou em R$ 2.408,64, com projeção de 48,17 sacas para cobrir os custos. Isto significa um leve aumento no custo total do trigo de 4,19% e de 3,71% no desembolso, em relação ao último estudo da safra de 2019. Sem a remuneração ao fator terra, o custo é de R$ 2.944,32 por hectare.
 

Na avaliação do estudo, esta é considerada uma relação de custos bem melhor que as últimas safras. “Os dados mostram que claramente temos um momento propício e favorável para o plantio do trigo. Se pegarmos o histórico dos últimos 20 anos temos um dos melhores momentos para o plantio, baseado principalmente na alta do dólar, o que influenciou no preço e os insumos, mesmo com elevação, não subiram todos na mesma proporção”, destaca o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.

Conforme o dirigente, isto remete a um aumento significativo na área de trigo, que pode chegar a mais de 20%. “Teremos a possibilidade de uma rentabilidade além de que o produtor tem consciência de que precisa de uma cultura de inverno para a proteção do solo e também ter uma possibilidade de renda já que não houve esta renda na soja”, observa.

Tabela de preços do leite ao produtor não está sendo cumprida pela indústria 
Brasília - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)está cobrando o cumprimento, por parte das indústrias lácteas brasileiras, dos acordos estabelecidos pelos Conseleites no que se refere ao índice de preço a ser pago ao produtor rural.

As medidas de isolamento social impostas para amenizar os impactos da pandemia aumentaram a demanda por lácteos no fim de março, elevando os preços ao consumidor. Entretanto, os preços pagos aos produtores, que já tinham caido no primeiro trimestre, se mantiveram os mesmos. 

Em Minas Gerais, o valor de referência para o leite a ser pago em maio teve alta de 5,62%, enquanto no Rio Grande do Sul a alta foi de 9,79%, com o litro valendo R$ R$ 1,34. 

O Sindilat, que representa as indústrias, diz que houve um consumo expressivo do produto também na primeira semana de abril, mas depois houve desquecimento. Mesmo assim, o sindicato diz que estuda alternativas para melhorar a remuneração. 

O presidente do Conseleite RS, Rodrigo Rizzo, diz ser fundamental o cumprimento da tabela, cuja metodologia é aprovadas por indústria e produtores.  

Exportações do agronegócio gaúcho tiveram queda de 23,3% nos primeiros 3 meses
Rio Grande - As exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). 
Produtos florestais, com baixa de 68,5%, e fumo, menos 39,4%, registraram as maiores baixas.

A redução das vendas do tabaco se explica pela interrupção total das compras chinesas neste período. Nos cereais, a redução dos embarques de trigo foi o principal fator. 
Em valores, a queda foi de US$ 547,5 milhões.

Por outro lado, a exportação de carnes registrou alta de 60,6%, e do complexo soja, 17,7%.
Em relação aos principais destinos das exportações do agronegócio gaúcho, a China segue na liderança dos maiores parceiros, responsável por 23,6% do valor total comercializado. 

Produção: Alex Soares

 

 

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