Assim fica muito difícil mesmo para o governo manter o barco da economia navegando com esses buracos no casco que drenam bilhões de Reais públicos por ano.

Um exemplo da gastança desmedida são as estatais. O próprio Ministério da Fazenda classificou nove delas como de alto risco financeiro. A Eletronuclear, a Casa da Moeda, Infraero e a Companhia das Docas de cinco estados, que juntas significam um prejuízo anual de R$ 9 bilhões.

O caso da Eletronuclear é bárbaro. A empresa, que controla as usinas de Angra 1 e Angra 2, tenta, há dez anos, concluir Angra 3. Não consegue porque precisa de R$ 24 bilhões para isso. Se abandonar a obra, perde R$ 26 bilhões, mas para manter o esqueleto gasta com a sua manutenção R$ 1 bilhão por ano. Deficitária, recorre ao caixa da União. Esse ano, o pedido, com o carimbo de “urgente”, foi de R$ 1,4 bilhão.

Mas a campeã das contas no vermelho é a empresa dos Correios, que fechará 2025 com um buraco de R$ 6 bilhões. E o mais contraditório é que o governo petista nem quer ouvir falar em privatizar os Correios, sob a falsa justificativa de que os serviços são subsidiados, com custos menores à população.

"Bobagem, não privatiza porque com os Correios em mãos privadas haverá menos vagas para acomodar os companheiros e a eliminação de uma boa fonte de negócios"

Já a EletroNuclear não pode ter capital estrangeiro, mas também não existe a mínima boa vontade do governo em apresentar uma emenda constitucional para mudar isso. E como a viúva é rica, ela que continue arcando com o prejuízo da usina.    

Outro exemplo de gastança? São 53 mil servidores federais no Brasil que recebem acima do teto salarial permitido de R$ 46 mil. A maior parte desses contracheques, 21 mil, são lançados pelo Poder Judiciário. É o país que mais gasta com extras de servidores  no mundo. Os US$ 21 bilhões gastos com esses penduricalhos por ano estão bem acima dos US$ 271 milhões dos EUA e US$ e 69 milhões do Reino Unido.

Os governos petistas sempre foram irresponsáveis no trato com recursos e patrimônio púbicos. E agora, se especializam mais na perversa arte de rasgar dinheiro.

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