Plano Clima nacional para COP 30 terá mudanças após reação do agro
Na condição de enviado especial do setor agropecuário à COP 30, tendo no seu currículo uma marcante gestão no Ministério da Agricultura, Roberto Rodrigues liderou, nesta quarta-feira (5), reunião com representantes do governo federal para calibrar o discurso brasileiro sobre fontes de emissão de carbono e metas a serem atingidas pelo setor primário.
Os números contidos no chamado Plano Clima, elaborado pelo governo sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, e com a anuência do Ministério da Agricultura, colocava na conta do agronegócio um conta injusta, fazendo da atividade a maior poluidora do país e exigindo das cadeias produtivas primárias metas impraticáveis em curto prazo.
Para se aproximar de um desejado consenso, o governo foi convencido a separar os cálculos das emissões do setor para um novo plano setorial, que se somará aos da das áreas pública e privada.
A consequência desse acordo que aparentemente está fechado entre as entidades do agro e o governo é a retirada da conta do setor das emissões causadas pelo desmatamento ilegal e o uso do solo em terras da união.
"Com isso, cai de 70% para 30% a atribuição da agropecuária na emissão de gases de efeito estufa - de 1,4 bilhões de toneladas de CO2 para 650 milhões de toneladas, o que convenhamos é uma enorme diferença"
A mudança no documento, que será apresentado ao mundo em Belém (PA), aliado ao encaminhamento de uma revisão posterior sobre os critérios que definam e separem o que é desmatamento legal de ilegal e quem tem ou não tem autorização para supressão de vegetação nativa estabelece uma justiça e reduz o discurso durante a COP 30 dos grupos cujo passatempo preferido é vilanizar a agropecuária.
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A coluna diária de Alex Soares é reproduzida também em áudio para os programas Primeira Hora e Redação Acústica (Rádio Acústica FM), Bom Dia Cidade e Boa Tarde Cidade (Rádio Tchê São Gabriel) e Jornal da Manhã (Tchê Alegrete). Ouça abaixo
