A área coberta pelo seguro rural subvencionado neste ano será menos da metade do ano passado e a segunda menor desde 2006. O total não deverá chegar a 3 milhões de hectares. A soja, cuja área total plantada projetada é de 50 milhões de hectares no Brasil, deverá ficar sem um tostão de subvenção.

O auge da subvenção foi em 2021, quando o Ministério da Agricultura, sob a gestão da senadora Tereza Cristina (PP-MS), conseguiu liberar recursos para subvenção de 13,6 milhões de hectares.

O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) tem um orçamento previsto de R$ 1,06 bilhão para 2025, mas em junho, o governo bloqueou R$ 354,6 milhões desse valor, decisão que ameaça a proteção da safra 2025/26 de soja. 

"E o próprio Ministério da Agricultura admite que não há previsão de desbloqueio do orçamento em 2025"  

As seguradoras que atuam na área já anotam queda no ritmo de contratação das coberturas. De janeiro a julho deste ano, a arrecadação de prêmios na modalidade agrícola, com ou sem subvenção, caiu 17%, fechando em R$ 2,3 bilhões.

O Observatório do Seguro Rural do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) informa que a comercialização de seguro rural caiu 40% nas seguradoras. E é a instabilidade que segundo o próprio observatório gera insegurança para as empresas que operam no mercado e acabam se retirando da modalidade.

Os produtores de soja do Rio Grande do Sul, que junto com os colegas paranaenses, são os que mais contratam seguro agrícola, começam mais um ciclo sem qualquer tipo de amparo do governo para lidar com eventuais efeitos climáticos que, aliás, não têm sido tão eventuais assim nos últimos anos.  

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