Se os aduladores de Lula queriam humilhar os produtores gaúchos eles conseguiram

As regras da Resolução CMN nº 5.247/2025 que deixam de fora produtores de importantes municípios gaúchos é mais uma demonstração da pura má vontade do governo federal em fazer a sua parte para solucionar esse imbróglio do endividamento. Não é por não saber o que se passa, já que não faltam informações para que sejam tomadas as decisões justas e corretas.
Na sua solicitação para modificar o Artigo 2º da Resolução junto ao Ministério da Agricultura, a Farsul aponta que nas regras do PL 5.122/23, aprovado pela Câmara dos Deputados e trancado no Senado Federal pela bancada governista, já constam os critérios.
Era só copiar e colar, já que as estiagens não torrariam apenas as plantas de Santa Maria, aliviando a vizinha Dilermando de Aguiar. Mas por que não dar mais uma dificultada, criando mais um barranquinho burocrático?
Os produtores desses 92 municípios gaúchos excluídos pela Resolução devem juntos, segundo a Assessoria Econômica da Farsul, R$ 2,7 bilhões em boletos que já estão atrasados a mais de 90 dias.
"E aqui estamos falando de produtores rurais do Brasil, chefes de família que já estão ou ficarão com os seus nomes sujos, impossibilitados de fazer novos créditos. São mais do que mapas, números e estatísticas, são gente"
O auxílio, que será pago com juros pelos produtores, já é capenga, sendo disponibilizados R$ 12 bilhões para todo o Brasil, enquanto somente a necessidade gaúcha é de R$ 27 bilhões. Segregar mais ainda o acesso é como pisotear o moribundo caído.
A Farsul pede a modificação de quatro incisos do artigo 2º da Resolução, o que, se aceito, vai inserir no texto os municípios que entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2024 tenham tido duas perdas de safra, cujo valor perdido seja superior a 20% do rendimento médio de produção local.
E que a lista aceite os municípios que tenham decretado situação de emergência ou calamidade pública em três ocasiões, por razões climáticas. O ofício da entidade, endereçada ao ministro da Agricultura, pede ainda que as operações dessas linhas sejam feitas dentro das regras do Manual de Crédito Rural (MCR).
Se a intenção dos aduladores do presidente Lula, como o lânguido ministro Carlos Fávaro, era humilhar os produtores gaúchos, eles conseguiram. A sanha, no entanto, parece não ter fim.