Entidades, lideranças e produtores rurais estão reagindo com justificada indignação a um evento promovido pela  Universidade Federal de Pelotas UFPel, no último dia 22, que tinha como uma das chamadas da programação “Defender a vida, combater o agronegócio”.

Tratou-se da XII Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, evento acoplado à aula inaugural da VI Turma Especial de Medicina Veterinária do Pronera, programa executado pelo Incra, MDA, Ministério da Educação e Universidades, que beneficia alunos oriundos dos assentamentos do MST.

A existência de um curso custeado pelo Poder Público que privilegia grupos desrespeitando o princípio da igualdade já é uma aberração, mas os beneficiários usarem isso para escancarar e disseminar mentiras e ódio é motivo para uma boa revisada de lupa em tudo que envolve esse programa - dos valores despendidos ao conteúdo do curso.

É preciso correção a quem compartilha essas imbecilidades e penas a quem estimula e permite espalhar a cólera desmedida num ambiente acadêmico, que se sustenta com recursos públicos.

Um professor, um coordenador de curso ou uma reitoria que permite e estimula tal comportamento deveriam passar por um profundo processo de reciclagem, acompanhado de um tratamento psiquiátrico. Para quem reincida, exoneração.

"Os que retornariam, deveriam estar mais atentos à sua missão de decantar a realidade da fantasia. Passariam a informar, por exemplo, que a produção dos assentamentos ou a orgânica é apenas um fragmento da produção de alimentos no Brasil"

Irão lembrar aos alunos que o arroz e o feijão, o pãozinho e a proteína que enchem as milhares de barriguinhas país afora a um custo baixo só existem em larga escala porque o agronegócio brasileiro andou para frente, se modernizou, ao contrário dos seus difamadores.

Esse mesmo agronegócio, tão odiado por certas castas intelectuais, por movimentos ideológicos sangue-sugas e por militantes travestidos de professores, é que ajuda a pagar a luz, a água, a Internet e os salários das universidades federais do Brasil.

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A coluna diária de Alex Soares é reproduzida também em áudio para os programas Primeira Hora e Redação Acústica (Rádio Acústica FM), Bom Dia Cidade e Boa Tarde Cidade (Rádio Tchê São Gabriel) e Jornal da Manhã (Tchê Alegrete). Ouça abaixo