Uma nova reunião do governador Eduardo Leite e secretários com as lideranças e técnicos do setor produtivo rural aconteceu na manhã desta segunda-feira (31), no Palácio Piratini.

O objetivo foi reforçar a necessidade de apresentar uma proposta única ao governo federal para resolver, sobretudo, o problema do endividamento dos produtores gaúchos, causado pelas seguidas estiagens dos últimos anos e pela enchente de maio de 2024.

Na pauta da audiência também foram debatidas alternativas para o agro gaúcho enfrentar de forma mais proativa os extremos climáticos que têm influenciado a produção local.

As demandas do setor também foram tratadas durante almoço que o governador Leite teve com a bancada federal do Estado, também no Palácio Piratini.

A proposta que será entregue pelo governador e entidades do setor ao governo federal constará a origem dos recursos que poderão ser utilizados pela união para garantir a desejada negociação do passivo juntos aos credores

E esse dinheiro deverá vir do Fundo Social do petróleo e do pré-sal. A utilização desses recursos para esse fim (mitigação de efeitos climáticos) está prevista na legislação e vem sendo articulada pela Federação da Agricultura do RS (Farsul) desde o início deste ano, em Brasília, com o respaldo técnico do Tribunal de Contas da União (TCU).

Seriam canalizados deste fundo cerca de R$ 20 bilhões, que já cobriria dois terços da dívida estimada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS Fetag), que é de R$ 28,5 bi.         

Há uma possibilidade bastante forte de uma reunião para tratar desse assunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ocorrer até a próxima semana.