Leite: inflação do custo de produção continua em alta
O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve um aumento de 0,7% no mês de julho de 2024. Essa é o quarto mês seguido com inflação, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta segunda-feira (16/09).
Os insumos com maior aumento no período foram, respectivamente, fertilizantes, energia elétrica, silagem e combustível. Os fertilizantes se destacaram no período, com um aumento de 13% no preço, graças à alta cambial somada ao aumento do preço do barril de petróleo. Já os preços da soja e do milho, que no mês de junho foram os responsáveis pela alta, em julho tiveram uma leve queda na cotação, o que abrandou um pouco o movimento inflacionário.
No acumulado do ano, o ILC ainda se mantém deflacionário, em 4,63%. É um comportamento que continua seguindo a tendência apresentada no Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) dos períodos. O IIPR apresenta uma queda de 8,47% no acumulado do ano.
Quando analisado o comportamento acumulado em 12 meses segue com uma leitura inflacionária. Os dados fiscais preocupantes do Brasil geraram uma desvalorização cambial do real, o que afetou uma boa parte dos insumos da cesta, criando uma pressão adicional nos preços. O Brasil vem apresentando dados de crescimento do PIB acima das expectativas e um mercado de trabalho aquecido, podendo estimular o consumo contribuindo para valorização do preço ao produtor. Entretanto, esse cenário macroeconômico vem desancorando a inflação futura, o que pode gerar um impacto adicional de aumento nos preços dos insumos.
Para agosto, a expectativa da Assessoria Econômica da Farsul é deque a retração do preço da soja e do milho continue, mas que venha acompanhada por um leve aumento do preço do barril de petróleo e uma estabilização do dólar, o que pode segurar a alta nos preços de fertilizantes e combustíveis.
Fonte: Assessoria de Comunicação Farsu