Brasil tem 28,3 milhões de cidadãos vivendo da agropecuária

Os dados da pesquisa da Produção Agrícola Municipal, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, apresentam o resultado final da safra 2022 no Brasil. O total colhido de oleaginosas, cereais e leguminosas chegou 263 milhões de toneladas numa área plantada de 90,4 milhões hectares – isso representa 3,8% a mais de produção e 5% a mais de área do que a safra anterior.
E isso tudo gerou uma receita de impressionantes R$ 830 bilhões, 11% a mais do que o alcançado em 2021. E quase a metade desse montante vem da soja, que arrecadou R$ 345,4 bilhões com a safra.
Sobre a produção é bom que se diga que poderia ser maior não fosse a longa estiagem registrada já a partir de novembro de 2021 em regiões produtoras importantes como a Sul, Centro Oeste e Sudeste. Perdas, que aliás, acabaram sendo compensadas pela segunda safra de milho no centro-oeste.
Sobre os valores finais, proporcionalmente superiores ao crescimento da produção e da área, vale destacar que a agricultura brasileira foi beneficiada por um cenário internacional que restringiu os negócios de alguns países agrícolas, como Rússia e Ucrania, e pelo dólar que se manteve estável para cima.
Outro dado que realça a força do setor vem do Cepea e mostra a participação do agronegócio na força de trabalho nacional. São 28, 3 milhões de brasileiros que atuaram, no segundo trimestre de 2023, em alguma atividade ligada à produção agropecuária no Brasil. Isso significa que de cada 100 brasileiros, 27 trabalham na lavoura ou em empresas fornecedoras de insumos ou de serviços para o campo.
São números gerados por órgãos tradicionais e de credibilidade com metodologias modernas que traduzem a significância da agropecuária para a economia brasileira e para os seus cidadãos, além de ilustrar a força do Interior deste imenso País.