As perdas são grandes; é preciso bem mais

As perdas são grandes; é preciso bem mais

Depois dos verões secos, quando tivemos sérios prejuízos com a culturas da época, inverno chuvoso traz perdas para a produção e para os produtores gaúchos.

Em todo o Rio Grande do Sul, há relatos de perdas por causa do excesso de água nas lavouras de trigo, de tabaco e de milho. A produção animal também é afetada por causa da falta de silagem do gado e os produtores de leite também não conseguem enviar o produto porque o acesso às propriedades está comprometido.  

Para completar temos essa situação de calamidade provocada pelas chuvas nos municípios próximos ao Rio Taquari, em que alguns produtores, a maioria familiares, perderam tudo em algumas horas. A estimativa da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural 10.787 propriedades rurais foram afetadas pelas enchentes da última semana. São casas, galpões, silos, açudes e lavouras que a água levou. E são 30 mil animais mortos, sendo a maioria aves.

A indústria avícola desta região, que é forte, calcula um prejuízo de R$ 220 milhões com o estrago de estruturas dos aviários, mortalidade dos planteis e de genética, estrago das máquinas e equipamentos em geral.

Esse pessoal vai precisar da mão dos governos para conseguir se reerguer. Na sua passagem pelo estado, domingo, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a liberação de R$ 125 milhões para compra de alimentos via Conab e R$ 15 milhões para aquisição de cestas básicas e leite. Já o governo do estado está abrindo, via Banrisul, linhas de crédito para financiar a reconstrução.

A intenção e as ações das duas esferas de governo devem ser saudadas, mas ainda está muito aquém das necessidades desses produtores rurais e estabelecimentos atingidos.  

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