Formulista demais e fomentador de gastos - Antônio da Luz comenta o pacote de regras do governo

Formulista demais e fomentador de gastos - Antônio da Luz comenta o pacote de regras do governo

Ao atender nosso convite para participar do Conexão Rural do último sábado (1º), o economista Antônio da Luz apresentou suas impressões do pacote das novas regras fiscais anunciado pelo Ministério da Fazenda, na semana passada. Veja a entrevista abaixo do texto, na íntegra.

Alguns dos pontos levantados por da Luz:

Política interna

Para o economista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad entregou um plano factível entre aquilo que o Brasil precisa, o que o núcleo político do governo espera e algo que não quebre o país daqui ali na frente e assim derrube o governo. Antônio ponderou a pressão sobre Haddad, cujo cargo é cobiçado por figuras de peso do PT como Aloizio Mercadante e Gleisi Hoffmann, e de fora, como André Lara Resende.

Impraticabilidade   

“Não precisamos num arcabouço, precisamos é de uma âncora fiscal, que mostre que temos regras”, disse o economista-chefe da Farsul. Para ele o plano peca pelo formulismo e é de difícil compreensão. “Quando se cria um plano que não é claro a tendência é que suas metas não sejam cumpridas”.

Incentivo à gastança

Ele disse que o governo não está criando regras para frear gastos e assim diminuir o vermelho das contas pública. Ao contrário, os mecanismos anunciados são para incentivar a gastança. Pela proposta, o governo pode gastar de 0,6% até 2,5% acima do crescimento do PIB nacional. Além disso, os gastos públicos podem crescer até 70% sobre o incremento da receita do ano.