Moeda única é conversa fiada de quem não sabe o que  irá dizer

Moeda única é conversa fiada de quem não sabe o que irá dizer

A principal mensagem da visita de Lula à Argentina é a renovação da generosidade do atual presidente brasileiro com os companheiros que falam espanhol. Para o churrascão que começa a ser tratado do Mercosul, o Brasil deverá bancar a picanha, a cerveja gelada e o carvão.

A adoção de uma moeda comum foi a tônica das manchetes.  Perfumaria! Isso foi para enrustir os reais motivos da viagem:

1. Ajudar a bombar a trôpega e incerta candidatura do compadre Alberto Fernández à reeleição.

2. Bancar, com dinheiro público dos brasileiros, a remodelagem do sonhado papel de líder da esquerda.

3. Possibilitar a estreia da nova primeira-dama nas missões viagens oficiais estrangeiras.   

Não precisa ser especialista em política externa para concluir que nada ou pouco do que foi anunciado na VII reunião da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) não vai se criar.

Se em 32 anos de Mercosul nem o trânsito terrestre, tampouco o comércio entre os cidadãos dos países integrantes é livre de fato que dirá uma moeda única nos moldes da União Europeia. Pessimismo? Não! Realidade.

Mas a encomenda de Fernandez foi entregue. Diante de empresários e jornalistas argentinos, o Mecenas petista anunciou a retomada dos financiamentos dos serviços de engenharia pelo BNDES fora do Brasil. E entres essas obras poderá estar o gasoduto do campo de Vaca Muerta, norte da Patagônia, a Porto Alegre.

O problema é que essas operações do BNDES não dão certo. Quer dizer, não dão para o Brasil. Já são mais de US$ 1 bilhão não pagos pelos tomadores e indenizados pelo tesouro Nacional de um total emprestado de mais de US$ 4 bilhões para obras em Cuba, na Venezuela e em Moçambique. E tudo leva a crer que esse valor seja todo pago por nós contribuintes, avalistas oficiais e forçados que nos tornamos desses empréstimos concedidos pelo BNDES.      

No Uruguai, na quarta-feira (25), a pauta foi mais comercial, com o governo brasileiro tentando fazer o presidente Lacalle Pou revisar a estratégia de seguir adiante com o acordo de livre comércio com a China, já em avançada fase de conclusão.

A iniciativa de buscar outras parcerias foi a reação de Lacalle Pou a um acordo regional que anda e estaciona conforme a matiz ideológica vigente nos governos dos países parceiros. 

Lula cogitou duas possibilidades: zerar o acordo ou ele ser compartilhado com os vizinhos do Cone Sul.  

A pergunta é: Lula e seus iluminados sabem em que vespeiro estão se metendo? A China é o maior comprador de grãos, proteína e outras commodities do Brasil. Um movimento em falso compromete ou atrasa muita coisa.

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