O governador Eduardo Leite (PSDB) trabalha com três opções para titularidade da pasta da Agricultura, que vem sendo ocupada desde abril pelo agrônomo e produtor rural Domingos Velho Lopes.

Uma delas é a manutenção do próprio Velho Lopes na secretaria, o que agradaria o setor rural, que tem nele uma figura referencial, sobretudo no aspecto técnico. O gesto também seria um reconhecimento ao trabalho do atual secretário e uma sinalização simpática à Farsul, cujo presidente Gedeão Pereira nunca negou sua admiração pela forma como Leite administrou o Estado.  

Mas existem outros nomes no páreo. Um deles é o da jornalista Ana Amélia Lemos (PSD), aliada de primeira hora de Leite e que ficou em terceiro lugar na disputa ao Senado Federal nas eleições de 2022.

Tem também a possibilidade de o PDT, o qual Leite quer ter mais próximo nesta nova gestão, indicar o novo secretário. O partido, inclusive já mostrou interesse em abraçar a pasta, sendo Afonso Motta, deputado federal reeleito, o mais cotado (e interessado). Isso resolveria a questão de Juliana Brizola, primeira suplente da bancada do PDT na Câmara Federal.  

Neste novo governo a Secretaria da Agricultura terá um enxugamento das suas atribuições com a recriação da pasta do Desenvolvimento Rural, chefiada por Ronaldo Santini (Podemos). Caberá ao órgão comandado por Santini a tutela da Emater e da Ceasa, além das ações voltadas ao cooperativismo, pesca, perfuração de poços e outras de interesse da agricultura familiar.

Nesse processo para definição de quem vai guiar a Agricultura nestes próximos anos dois registros precisam ser feitos. Um deles é a quebra da tradição de o Progressistas emplacar o secretário da Agricultura. E isso se deu também pela negativa do deputado estadual Sérgio Turra ao convite do governador para assumir o cargo. Depois, consultada por Leite, a bancada do partido preferiu não indicar nomes e demonstrou desejo pela permanência de Domingos Velho Lopes.

Atenta fonte que participa das negociações para formação do novo governo de Leite confidenciou à coluna que a inclinação do tucano é pelo nome de Domingos. No entanto, observa a mesma fonte, “Se houvesse uma mobilização maior das entidades do setor para que Domingos fique o governador já teria o anunciado como seu secretário”.

Como a semana recém está começando e a data-limite do anúncio será na sexta-feira quem sabe ainda haja tempo.