MORMO: RESULTADOS MAIS RÁPIDOS, MAS MENOR TESTAGEM EM 2020
Coluna quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
Conforme dados da Secretaria Estadual da Agricultura, das 56 investigações de focos de Mormo no Estado, em 2020, 29 deram positivo e dez esperam confirmação de resultado. Ao todo foram 31 animais diagnosticados. O tema foi pauta de reunião remota da Câmara Setorial de Equinos, realizada nesta terça-feira (8).
MAIS E MENOS
As investigações de focos pelo estado aumentaram em relação a 2019, já o número de exames individuais, de acordo com o fiscal federal agropecuário Luiz Otávio Amaro da Silveira caiu pela metade: 55 mil procedimentos contra 107 mil feitos em 2019.
AGILIDADE
A boa notícia dada na reunião desta terça-feira é que o LFDA, laboratório do Mapa no Estado, está autorizado a fazer os exames. Ganha-se em agilidade, já que o prazo entre a coleta e o resultado é de três dias. Antes disso, as amostras iam para Pernambuco, com duas semanas para saírem os resultados.
SEM ESTRATÉGIA
Somente num prazo mais longo o RS poderá se tornar livre de Mormo. Isso com o cumprimento à risca de uma estratégia de combate à doença. O problema é que não existe nem a estratégia ainda. Uma das primeiras medidas a serem adotadas, sugeriu, Francisco Fleck, conselheiro de planejamento ABCCC, é um plano de testagem em massa da população equina gaúcha.
BARREIRA SANITÁRIA
Um dos efeitos negativos de não ser zona livre de Mormo é que criadores são impedidos de exportar os animais. Também participante da reunião, o coordenador da Câmara Setorial da Equideocultura prega que o tema seja mais popularizado e debatido. Nova reunião para a primeira semana de fevereiro foi marcada.
NOVAS CARAS, NOVAS RELAÇÕES
Os primeiros dias de Ivan Bonetti na presidência do Instituto Riograndense do arroz já deram o novo tom das relações internas e externas da autarquia. Bem relacionado com o secretário Covatti Filho, de quem foi diretor de Política Agrícola, Bonetti insere o Irga na rotina de decisões da pasta. Uma interface que há bastante tempo não se via, mesmo antes do governo Eduardo Leite.
CONCORDÂNCIA
Sem a mínima afinidade com o ex-presidente da autarquia, Guinter Frantz, que permaneceu no cargo após o fim do governo José Ivo Sartori (MDB) sem sua aprovação, Covatti Filho aprecia essa interação e demonstrações seu desejo de deixar a pasta com os problemas do Irga se não resolvidos, ao menos bem encaminhados.
CAFÉ QUENTE
Na manhã desta terça-feira (8), Covatti e o seu adjunto Luz Fernando Rodrigues se reuniram com Bonetti e com os seus diretores, ocasião em que debateram a adoção de modelo que gere rápidas e necessárias respostas ao Irga.
MISSÃO (IM)POSSÍVEL?
Na reunião, na sede da Avenida Farrapos, foi falado sobre a fórmula mais eficaz para resolver uma das causas do calcanhar de Aquiles do órgão - a permanência parcial da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura, a polêmica CDO. A ideia é convencer o governo para integralizá-la, sob o argumento da necessidade de se investir na modernização da autarquia.
RESTITUIÇÃO DO FUNRURAL
Produtores que tiveram o desconto do Funrural em operações realizadas através de tradings estão isentos da cobrança do Funrural. Esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), reforça o advogado Frederico Buss (foto), da HBS Advogados. “É importante reforçar aos produtores rurais que o tributo descontado neste tipo de operação pode ser restituído ou compensado”, comenta Buss.
OPÇÕES
O advogado também lembra que a legislação oferece duas opções de pagamento do Funrural ao produtor: sobre a comercialização da produção, descontado anualmente, ou sobre a folha de pagamento (mensal). Buss sugere que os empregadores rurais consultem o seu escritório de contabilidade ou de advocacia para verificar qual a opção mais vantajosa para o pagamento.
SEGURO DOBRA
A área agrícola segurada no país dobrou em 2020 sobre 2019. São 13,7 milhões de há, em 2020, um aumento de aproximadamente 98% em relação ao ano anterior. Isso significa 20% da área agrícola nacional. São 105 mil produtores rurais segurados, num total corresponde segurado de R$ 45,7 bilhões. Isso é recorde desde 2005, quando teve início o Programa de Seguro Rural.
PECUÁRIA CRESCE
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola informa que houve aumento nas contratações das lavouras de café e de cana-de-açúcar: No caso dos grãos, informa, “O crescimento observado já era esperado, mas para essas demais atividades o resultado nos surpreendeu de maneira muito positiva”. Outro setor que teve um aumento significativo foi a pecuária, com um crescimento de 400%.
MAIOR PROCURA
As culturas que apresentaram maior demanda por seguro rural foram: soja, milho (2ª safra), trigo, milho (1ª safra), maçã, uva, café, arroz e tomate.