Hoje é o Dia do Agricultor, chamado também de produtor rural ou de colono. São homens e mulheres, jovens e adultos, que ajudam a fazer sesse Brasil ser soberano no cultivo de alimentos. .

No Rio Grande do Sul, segundo a Emater, 800 mil pessoas das 1,35 milhão que vivem em áreas rurais, são agricultores familiares. Plantam e criam – do arroz à alface, do frango ao búfalo. Tem muito trabalho antes da colorida salada do almoço, da pipoca do filme de sábado e do bolo da tarde de domingo. 

Mas e esse agricultor brasileiro, como vem sendo tratado? Se evoluiu em muitos pontos. O olhar da sociedade ao campo e ao agricultor, por exemplo, melhorou muito. Aquela figura do homem primitivo, pouco instruído e folclorizado pelo modo de vida precário pertence ao passado. O acesso à educação, às tecnologias e as facilidades de comunicação e locomoção fizeram com o que o homem do campo ganhasse em dignidade.

Por outro lado, existe muita coisa a fazer para valorizar mais esses trabalhadores, cada vez mais demandados e que enfrentam antigos e contemporâneos desafios. Nos fixemos num exemplo: avançamos muito pouco nas infraestruturas de acesso das cidades às propriedades rurais. Aqui no Rio Grande do Sul, entra e sai ano, as queixas são sempre as mesmas na maioria dos municípios. Estradas mal cuidadas e mal sinalizadas, intransitáveis quando chove e com suas pontes precárias. A consequência é desconforto, tempo perdido e mais custo. 

É compreensível que os municípios e os seus governos, travados por orçamentos curtos, não consigam promover uma transformação rápida e profunda dos ramais de acesso às cidades. E me refiro à pavimentação mesmo. Que se comece aos poucos, que cada governo, respaldado por sua câmara de vereadores, asfalte uma estrada principal por gestão, ou parte dela. Em dez anos, já teríamos bons quilômetros de caminhos pavimentados.

Esse é apenas um exemplo de o quanto falta para que na prática, governos e sociedade valorizem quem vive e trabalha no campo.

Aos agricultores, o nosso respeito e a nossa gratidão.