Fazenda libera operações com juros controlados; veja o limite das instituições financeiras

Fazenda libera operações com juros controlados; veja o limite das instituições financeiras

O Ministério da Fazenda publicou nesta segunda-feira (14/7) a portaria que autoriza o pagamento de equalização de taxa de juros em financiamentos do Plano Safra 25/26, iniciado no dia 1º. A medida, na prática, permite o início das operações que contam com a subvenção direta do Tesouro Nacional.

Nesta temporada, 25 instituições financeiras vão operacionalizar as linhas subsidiadas do crédito rural, que somam R$ 157,1 bilhões. O agente estreante é o Stara Financeira.

O governo também ampliou os limites das principais cooperativas de crédito que atuam no Brasil. O Sicoob teve os saldos ampliados de R$ 9,5 bilhões em 2024/25 para quase R$ 15 bilhões agora. No Sicredi, o salto foi de R$ 9,8 bilhões para R$ 25 bilhões.

Uma novidade para essa safra foi a divisão de aplicação dos limites equalizáveis em dois semestres, uma saída encontrada pelo governo para encaixar o Plano Safra no orçamento disponível e não precisar de suplementação, estimada em R$ 1,05 bilhão se não houvesse essa distribuição temporal. De julho a dezembro deste ano, a autorização é para a liberação de até R$ 102,8 bilhões do saldo total. Cada instituição recebeu limites específicos de operacionalização por período.

O valor autorizado para a primeira metade desta temporada é composto por cerca de 80% dos limites de custeio e 50% dos investimentos. O restante poderá ser emprestado de janeiro a junho de 2026, com impacto no orçamento do ano que vem. O custo do Plano Safra 2025/26 será de R$ 13,5 bilhões ao longo de vários anos.

As 25 instituições financeiras e o O limite equalizável de cada uma

Banco do Brasil: R$ 58,0 bilhões

BNDES: R$ 39,7 bilhões

Sicredi: 25,0 bilhões

Sicoob: R$ 14,9 bilhões

Banrisul: Total: R$ 5,8 bilhões

Caixa Econômica Federal: R$ 5,3 bilhões

Credicoamo: R$ 1,7 bilhão

Cresol: R$ 1,5 bilhão

Bradesco: R$ 850,7 milhões

Banco DLL: R$ 873,9 milhões

Banco CNH:  R$ 681,4 milhões

BDMG: R$ 614,2 milhões

Banco da Amazônia S.A.: R$ 600 milhões

Banco John Deere: R$ 550,4 milhões

BRDE: R$ 250 milhões

Stara Financeira: R$ 120 milhões

Banco de Brasília S.A: R$ 80 milhões

Credialiança: Total: R$ 62,8 milhões

Credisis: R$ 61,1 milhões

Badesul: R$ 48,2 milhões

Desenbahia: R$ 43,7 milhões

Itaú Unibanco S.A.: R$ 30 milhões

Credicoopavel: R$ 23,1 milhões

CrediSeara: R$ 20 milhões

Banpará: R$ 13,1 milhões

 

Total geral:  R$ 157,16 bilhões