Cheguei na Capital do Mato Grosso na madrugada desta segunda-feira (19). De São Paulo são duas horas e 2 horas e 20 minutos de Cuiabá, mas como aqui contamos uma hora  menos, se tem aquela falsa sensação de que ganhamos uma hora a mais na vida. Mas é só até voltar.

Com 650 mil habitantes e mais de 200 anos, Cuiabá é a Capital dum Estado que respira a produção agropecuária, mas também tem o turismo como marca. A cidade e os seus hotéis recebem milhares de turistas brasileiros e de fora que vêm conhecer a diversidade do Pantanal.

O lugar também é muito quente, mas a atmosfera seca o torna suportável. Se é comum no meio da tarde os termômetros cravarem 39, 40, 40ºC , também faz parte da paisagem um céu cinzento por causa das queimadas. Com períodos bem curtos de chuva no ano, a vegetação do Cerrado arde.  

E é aqui neste Mato Grosso, Estado com a maior produção agropecuária do Brasil, é que o Congresso da Aviação Agrícola pousa este ano.  O evento sem si ocorre num aeroporto particular localizado numa cidade-dormitório de Cuiabá, em Santo Antônio do Leverger, 30 km distante da Capital.

Oficialmente, o início será nesta terça-feira (20), mas um curso de operações de drone já abre os trabalhos do encontro anual da aviação agrícola, que fecha na quinta-feira (22).  

Serão muitas informações geradas nesses dias de congresso. Relacionadas a uma ramificação da produção brasileira organizada e reativa. Se por um lado, a aviação agrícola continua sendo alvo do ranço ideológico e da desinformação, por outro chegou a um status de excelência institucional.

Criado há três décadas por um grupo de empresários do setor, o Sindicato Nacional da Empresas de Aviação Agrícola começou um processo de fortalecimento da atividade com diversas metas. Um dos alvos era a melhoria da comunicação interna e externa do setor. O plano deu certo e hoje o Sindag é uma das entidades de reputação, que defende seus interesses de forma fundamentada e técnica.

Uma jornada longa, mas com passos firmes. O Congresso da Aviação Agrícola celebra isso, mas também para pavimentar o caminho dos passos seguintes.