Produção do arroz gaúcho 2023-24 tem o mesmo volume da safra passada  

Produção do arroz gaúcho 2023-24 tem o mesmo volume da safra passada  

O volume da safra de arroz do Rio Grande do Sul é praticamente igual ao do ciclo passado. Levantamento feito pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) nas suas seis divisões regionais indica que as máquinas irão colher dos solos alagados gaúchos 7.1 milhões de toneladas do cereal, ante os 7,2 milhões de t da safra 2022-23.

Uma nota técnica acompanha o boletim de estimativa de safra, divulgado nesta quarta-feira (8) e acessado pelo Conexão Rural. Nessa nota o Irga esclarece que os números são o resultado do cruzamento dos dados reportados junto aos produtores e técnicos antes das chuvas da última semana, quando tinham sido colhidos 6,4 milhões de toneladas (83%) da safra, e depois.  

Dos 17% restantes, 142,1 mil hectares, 22,9 mil ha estão perdidos e 17,9 mil ha estão submersos. Esses não foram computados. A região mais atingida foi a central.

A área semeada em 2023 para ser colhida em 2024 foi de 900,2 mi hectares. Na de 2022-23 a área foi de 839,9 mil ha. Na produtividade, a média das lavouras, mesmo ficando abaixo da registrada em 2023, que foi de 8,7 mil kg/ha, se manterá superior à casa dos 8 mil ha.

Sobre a produção e as perdas da soja, cultivada em larga escala nas mesmas áreas de várzea do arroz, o Irga não possui levantamento, mas deverá começar a fazer isso a partir das próxima safra. 

Garantia

Em entrevista a esse jornalista, na tarde desta quarta-feira, o presidente do Irga, Rodrigo Machado enfatizou a resiliência e a responsabilidade da produção orizícola do Estado, que responde com três quartos da safra nacional do cereal. “No que depender das lavouras gaúchas não há riscos de falta de abastecimento de arroz no Brasil”, enfatizou ao dizer que acredita quem breve os problemas logísticos de escoamento serão sanados.

Veja abaixo entrevista, na qual o presidente também fala sobre os prejuízos do Irga com a enchente. A sede do instituto é localizada numa área de forte alagamento, na Capital Gaúcha. A Estação Experimental do órgão, em Cachoeirinha, Grande Porto Alegre, também foi atingida.