ARROZ:  AGORA É TER SANGUE FRIO PARA AGUARDAR MAIS UM ANO FAVORÁVEL

ARROZ:  AGORA É TER SANGUE FRIO PARA AGUARDAR MAIS UM ANO FAVORÁVEL

Coluna sexta-feira, 16 de outubro de 2020

 ÁREA DE ARROZ NÃO DISPARA E PREÇOS DEVEM SE MANTER EM 2021

O temor inicial de que as cotações inéditas do arroz neste 2020 provocassem uma expressiva ampliação da área plantada na safra 2021 está sendo dissipado com as atualizações semanais que a área técnica do Instituto Riograndense do Arroz vem fazendo sobre a evolução do plantio.

Nesta quinta-feira, o órgão informou que a área semeada do cereal já atinge 438.5 mil hectares. Segundo o levantamento, isso significa 45,25% do total previsto a ser plantado, que é uma área de 969.1mil no RS.

SEM ARGUMENTO

Um incremento de apenas 3,5% de área em relação ao da safra 2019-2020 frustra a indústria beneficiadora, que fica meio sem argumento para pressionar os produtores a aderirem às suas propostas antecipadas de compra. Quebra de expectativa de um lado, alívio de outro.

FAVORÁVEL 

A partir dos dados locais e após avaliar a demanda dos mercados doméstico e externo, e também verificar a estabilidade das cotações internacionais do produto, a Federação das Associações dos Arrozeiros do RS está confiante na manutenção da valorização  no próximo ano. A saca abriu esta semana valendo pouco acima de R$ 100,00.

CAUTELA

Em função deste quadro favorável, o presidente da entidade que representa os arrozeiros, Alexandre Velho reitera o que vem pedindo ao longo do ano: que os colegas tenham cautela na hora de negociar sua safra futura.

LEVE QUEDA, APENAS

“O produtor não pode ceder à pressão”, alerta Velho, ao informar que alguns engenhos trabalham com a perspectiva de oferta de R$ 70,00 pela saca. Ele até admite que as cotações poderão não se manter nesses patamares tão elevados de 2020, mas estarão longe de serem tão reduzidos.    

FRONTEIRA COM 70%

No seu levantamento semanal, o Irga também informa que 143.8 mil ha do já semeado ainda está na emergência e 100.3 mil ha na vegetativa. Como costuma ocorrer, a Fronteira Oeste largou na frente e já tem cerca de 70% da área prevista plantada. Acima os 50% também está a Zona Sul, que alcançou 64,53%.

MILHO E SOJA

Se a meteorologia das últimas semanas acelerou o plantio do arroz, o mesmo não se pode dizer para o milho. O clima seco, com baixa umidade do ar e do solo, freou a velocidade do plantio. Mesmo assim, já são 66% da área total cultivada. O clima também é a razão para que a soja gaúcha não avançasse mais na semeadura, hoje com 4% plantada.   

PRIORIDADES

Em reunião nesta quinta-feira, conselheiros do Fundesa RS aprovaram as contas deste terceiro trimestre. Em 2020, foram pagos R$ 7,5 milhões entre indenizações e outros investimentos sanitários. A maior parte das indenizações, R$ 5,2 milhões, foram direcionados à pecuária leiteira, em ações para erradicar a tuberculose e a brucelose. O fundo fecha o período com R$ 94,3 milhões de caixa.  

FEIRA VIRTUAL

Chegou a 900 as agroindústrias, cooperativas e agricultores familiares cadastrados na Feira Virtual da Agricultura Familiar, coordenada pela Emater/RS. Já são mais de 100 mil visualizações no hotsite e 200 downloads do aplicativo. Tem casos de produtores que aumentaram em até 30% suas vendas totais com o auxílio desta ferramenta.

RÁPIDAS

REPRESENTAÇÃO - O governo Jair Bolsonaro reforça mais ainda a representação do agro brasileiro no Exterior. Decreto Nº 10.519 amplia para 28 os adidos agrícolas junto às diplomacias.

A DEFINIR - Hoje são  24 adidos agrícolas em 22 países. Em Pequim e Bruxelas são dois em cada. Os novos pontos estratégicos e os países nos quais irão atuar serão definidos conjuntamente pelos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores.

REQUISITOS - Para se tornar um adido é necessário que seja servidor público federal há pelo menos dez anos e esteja atuando no Mapa.

RECONHECIMENTO - Pelo sério trabalho feito nos vinhedos da região da Campanha, a engenheira agrônoma curitibana Michele Gomes será reconhecida com o título de Cidadã Pedritense. A cerimônia será no dia 29/10, na Câmara de Vereadores.

DERIVA - Há seis anos no IVZ de Dom Pedrito, Michele foi uma das primeiras a apontar as alterações causadas pela deriva do 2,4-D.