Leia e ouça o Repórter Sicredi/Conexão Rural, edição desta sexta-feira, 12/06/2020

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Podcast diário com as últimas e principais notícias do Agronegócio brasileiro e internacional

MANCHETES 

Compras de carne brasileira pela Europa atingem recuo recorde  

USDA aposta que Brasil colherá 131 milhões de toneladas de soja em 2021

Paraguai propõem rastreabilidade do estradiol para atender exigências da UE

Novo programa estadual quer integrar milho na rotação da Metade Sul

Deputados gaúchos dizem ser insuficientes medidas do governo Leite para ajudar agricultores familiares

Cooperativa de crédito lança campanha para recuperar as economias locais

Falta de oferta em SP faz preços do boi gordo se valorizarem em alguns estados  

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MERCADO FINANCEIRO  
Em função do feriado desta quinta-feira, não tivemos movimentações nas e nos câmbios. 
Na quarta-feira, o Dólar fechou valendo R$ 4,93,  + 0,97 % em relação ao dia anterior
Já o Euro encerrou em R$ 5,61  + 1,37%.
O Real ficou cotado em: 
13,92 Pesos Argentinos
8,55 Pesos Uruguaios
1.336 Guaranis Paraguaios
O índice Ibovespa da quarta-feira teve queda 2,03 %  nos negócios. 

NOTÍCIAS 
USDA aposta que Brasil colherá 131 milhões de toneladas em 2020/2021
Washington - O relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevê a próxima safra brasileira de soja acima das 124 milhões de toneladas previstas inicialmente. 
A estimativa é de que ao fim do ciclo brasileiro 2020-2021, que começa e setembro, se colha 131 milhões de toneladas no ciclo 2020/2021. 

O USDA também divulgou as projeções da futura safra de soja americana, estimando em 112,2 milhões de toneladas. Na safra passada, os EUA colheram 96,8 milhões. 
Já a Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas na nova etapa. 

Com isso, a produção mundial de soja em 2020/2021 deverá ser de 362,85 milhões de toneladas, segundo o USDA.  

Falta de oferta em SP faz preços do boi gordo se valorizarem em alguns estados  
São Paulo - A falta de animais para abate em São Paulo fez com que os frigoríficos buscassem animais em outros estados, com isso, houve valorização da arroba, cotada esta semana em até R$ 205,00, valor superior à média de maio. Produtores do Centro Oeste são os mais beneficiados.

A dificuldade dos frigoríficos em compor a escala de abates também puxou para cima os preços em Minas Gerais, onde os preços saíram de R$ 195 para R$ 198. 
A previsão de especialistas de mercado é que a restrição de oferta continue no centro do país,ao menos num curto prazo. 

Rio Grande do Sul - Cooperativa de crédito lança campanha recuperar  economias locais- Repórter Mariana de Freitas 
 

Novo programa estadual quer integrar milho na rotação da Metade Sul
Porto Alegre - Mais de 150 envolvidos com a cadeia produtiva gaúcha acompanharam Live do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) para discutir a introdução do milho na integração da lavoura de arroz. 

Na video-conferência foi informado que setor de proteína do Estado consome 6,4 milhões de toneladas de milho por ano.  Boa parte é fornecida pelo centro-oeste, com preço mais elevado do que o cultivado localmente. 

Mesmo não sendo auto-suficiente, o Rio Grande do Sul reduziu em 31% a sua produção de milho na última safra. 

Foram 4,2 milhões de toneladas produzidas, tendo que comprar de fora, portanto, 2,2 milhões de toneladas de milho. 
Não é a primeira vez que a rotação com arroz é tentada entre Irga, universidades e Embrapa. Pesquisas foram feitas, mas a área de milho se mantêm inexpressiva na metade sul. 
Já a soja em áreas irrigadas está em 35% da de arroz. O Pró-Milho vai tentar mudar a realidad, expandindo o milho. 

Participaram do debate o coordenador do Programa e diretor de Política Agrícola da Secretaria Estadual da Agricultura, Ivan Bonetti; o professor da Ufrgs Paulo Régis Ferreira da Silva e o presidente do Irga, Guinter Frantz. As discussões foram mediadas pelo engenheiro agrônomo da autarquia Ricardo Kroeff.

Paraguai propõem rastreabilidade do estradiol para atender aos requisitos da UE
Assunção - O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal do Paraguai realiza uma série de reuniões com entidades do setor para apresentar o sistema de rastreabilidade do estradiol e cumprir a atualização das normas sanitárias impostas pela União Européia, que proíbe o uso do produto em animais. 
Em razão e para poder se adequar à exigência o governo paraguaio suspendeu, em março, por meio de decreto, o abate de vacas e novilhas que tinham por destino os países da UE. A medida vale para os frigoríficos credenciados. 

Nas normas de rastreabilidade, apresentadas pelo governo paraguaio, está a exigência de receitas assinadas por veternários para comprar o produto e fazer a aplicação. 
A ideia é controlar o uso da susbtância, separando o uso em animais que irão ou não ser exportados aos países europeus. 

Outra medida é a adoção de um sistema de rotulagem, em que devem constar claramente que o produto não pode ser aplicado em animais destinados à União Européia. 
O estradiol é um hormônio usado em Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Em 2019, os frigoríficos paraguaios  autorizados abateram 350.000 cabeças selecionadas para  Europa. 
No Brasil é liberado o uso do Estradiol em quantidades controladas. Já nos Estados Unidos, o hormônio é proibido. 

Porto Alegre - Deputados gaúchos dizem ser insuficientes medidas do governo Leite para ajudar agricultores familiares - Repórter Cristhian Costa
 

Compras de carne brasileira pela Europa atingem recuo recorde  
São Paulo - A União Europeia, segundo maior importador do agronegócio brasileiro, nunca comprou tão pouca carne bovina brasileira no mês de maio. Os 28 países que formam o bloco responderam por 6,2 mil toneladas no mês passado, pelo valor US$ 32,5 milhões. Foi o menor volume registrado na série histórica para este período, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

Em maio de 2019 foram embarcadas 8,1 mil toneladas, queda de 23,5%. O desempenho mais fraco deste ano tem também como causa a pandemia do novo coronavírus.  
Embora a União Europeia não seja o maior importador de carne brasileira, o bloco é um cliente tradicional e que paga bem pelo produto. 

Com a preferência por cortes de maior valor agregado, em maio, para cada tonelada de carne a Europa pagou US$ 5.246.  A China pagou US$ 4.898. 
Contudo, o comércio da carne vem encolhendo desde 2008, quando em maio daquele ano foram embarcadas 9,2 mil toneladas.  Entre 2002 e 2007, as compras chegaram a 20 mil toneladas num mês. 

A crise global, provocada pela falência do banco americano Lehman Brothers, em 2008, foi um divisor das quantidades de carne importadas pelos europus do Brasil.

Produção: Conexão Rural   

Ouça o Repórter Sicredi/Conexão Rural, edição desta sexta-feira, 12/06/2020