O presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do RS (Federarroz), Alexandre Velho, disse ao programa Conexão Rural do último sábado (21), que os trabalhos nas lavouras acontecem de maneira normal no estado. Segundo ele, os produtores gaúchos já colheram aproximadamente 50% da safra deste ano, cjua área plantada chegou a 930 mil hectares. (Ouça entrevista pelo link abaixo do texto). 

"Precisamos continuar, pela representatividade do arroz na segurança alimentar brasileira, mas claro, com os cuidados que o momento exige", afirmou Velho, que na sexta-feira (20) assinou pela entidade uma nota de recomendações aos produtores sobre a pandenia de Coronavírus. 

Velho, porém, mostra preocupação com relação a manutenção das operações de transportes da safra e também com os vencimentos das parcelas dos financiamentos contratados pelos produtores. 

Com o avanço da soja nas áreas de várzea, consorciada com o arroz, haverá prejuízos por conta da longa estiagem no Rio Grande do Sul, neste verão. "Estamos trabalhando pela prorrogração", informou. 

Ano diferente 
Sobre a remuneração do arroz nesta arrancada de safra, o dirigente se mostrou otimista sobre a manutenção dos preços ao decorrer do ano. "Teremos um 2020 diferente e digo isso diante de um cenário que apresenta um volume maior de exportações, somado a um dólar mais valorizado, ao ajuste do mercado e a redução da área plantada. 

Produtividade mínima
Mas Velho sugere aos arrozeiros um monitoramento cada vez maior dos custos. Utilizando recentes dados da Conab, o presidente da Federarroz diz que lavouras que colherem menos de 160 sacas por hectare e venderem o produto a R$ 50,00 a saca "não terão resultados". Pelos mesmos números da Conab, o custo de produção por hectare é de R$ 8 mil.  

Por Alex Soares