Em sua última reunião do ano, em Cruz das Almas, na Bahia, a câmara setorial da cadeia produtiva do tabaco, apresentou dados da safra 2018/2019, projetou a atual safra, debateu os projetos de lei em discussão no Congresso Nacional relacinados ao setor e as vantagens do acordo anunciado entre os países do Cone Sul e do bloco europeu. 

O Recôncavo Baiano, região de Cruz das Almas, possui 23 municípios cultivadores do tabaco e é conhecida pela forte produção de fumo para charutos.  

O encontrou do dia 22 de outubro também serviu para o início dos debates sobre a próxima Conferência das Partes (COP9), que ocorrerá em novembro de 2020, em Haia, na Holanda. “Queremos antecipar as discussões e garantir uma organização maior dos representantes da cadeia produtiva do tabaco para que possam estar envolvidos nas decisões do governo brasileiro, que serão levadas para a Holanda”, comenta o presidente da câmara setorial, Romeo Schneider. 

O dirigente também destacou a abordagem de temas que num futuro próximo irão pautar as discussões do setor, como o acordo comercial assinados entre o Mercosul e a União Europeia e a Lei Kandir, devido ao fato de as folhas de tabaco produzidas no Brasil terem o mercado externo como principal destino. 

Impostos e clandestinidade
Também foram discutidos na Bahia elevada carga de impostos em cima do produto - o cigarro é um dos produtos mais tributados, com taxas que variam de 72% a 90% - e o mercado ilegal de cigarros, que corresponde a 57% da comercialização doméstica do Brasil. 

A programação da Câmara Setorial foi concluído no dia 23, com a comemoração do Dia do Produtor de Tabaco, em Muritiba, município próximo a Cruz das Almas.

(Com colaboração da Assessoria de Comunicação da Afubra)