Criadores de Camaquã e de Arambaré apoiam retirada da vacina da aftosa

Criadores de Camaquã e de Arambaré apoiam retirada da vacina da aftosa

Por Alex Soares

Atendendo a orientação da Farsul, o Sindicato Rural de Camaquã e de Arambaré promoveu, no final da tarde desta segunda-feira (28), reunião entre produtores e técnicos do serviço oficial estadual de defesa agropecuária a fim de firmar posição sobre retirada da vacina que imuniza o gado da febre aftosa. 
(Veja as entrevistas abaixo)

Durante 1h30min, os médicos veterinários Valmor Lansini, que supervisiona a Secretaria Estadual da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seapdr) em Pelotas, e Hilson Santos, chefe da Inspetoria Veterinária de Camaquã, revezaram-se na tarefa de mostrar aos pecuaristas as condições técnicas que se encontra hoje o serviço, a estrutura de defesa sanitária, o nível de informações e a capacidade de reação dos profissionais a um eventual surgimento do vírus em território gaúcho. 

"O que podemos dizer aos governos estadual e federal, que são aqueles que tomarão as decisões finais, é que temos uma condição técnica muito favorável para a retirada", comentou Lansini, ao ponderar que o Estado aprendeu muito com os últimos focos da doença, surgidos ainda nos anos 2000".

Isolados? 

Criador da tradicional raça charolês, André Berta defendeu o fim da vacinação, sugerindo inclusive que o valor gasto hoje com as dose seja direcionado a um fundo de defesa para casos de emergência sanitária ou para eventuais indenizações aos criadores.

 "Desde os últimos focos muita coisa mudou, a tecnologia e a estrtura é outra. E vai ser só o Rio Grande do Sul que vai ter um status diferente do restante do País"?, questionou Berta. 

Ao final da reunião, coordenada pela presidente do Sindicato Rural de Camaquã, Maria Tereza Scherer Mendes, a maioria absoluta dos produtores que assinaram a ata votaram favoráveis à retirada da vacina. 

(Veja as entrevistas abaixo)