Acordo com a UE dará maiores visibilidade e confiabilidade aos produtos brasileiros, diz presidente da Farsul

Acordo com a UE dará maiores visibilidade e confiabilidade aos produtos brasileiros, diz presidente da Farsul

Predominou na edição deste sábado (29) do Conexão Rural os efeitos do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, anunciado na sexta-feira (28), na Bélgica. O programa trouxe também entrevistas que abordaram a reestruturação das comissões das cadeias produtivas da Farsul, com o coordenador geral deste setor e assessor da presidência da entidade, Rodrigo Rizzo.

O diretor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli informou sobre os encaminhamentos das demandas do setor arrozeiro, em especial o que solicita a revisão da alíquota de ICMS do produto em casca ao governo estadual. Já Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindag deu detalhes sobre o Congresso Nacional da Aviação Agrícola, que começa no final de julho, em São Paulo. 

O presidente da Farsul e diretor de Assuntos Internacionais da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), Gedeão Pereira analisou positivamente o anúncio. "Felizmente esse acordo foi consolidado e o agronegócio brasileiro deve ser um dos grandes beneficiados", comentou Gedeão ao fazer algumas ressalvas. Uma delas diz respeito às diferenças de funcionamento dos dois blocos, já que a União Europeia se encontra num estágio bem mais avançado do que o Mercosul, o qual, na sua avaliação, sempre teve e tem sérias dificuldades de operação. 

Funcionamentos diferentes
"Estamos falando de dois grupos distintos, um deles cujos países integrantes de fato têm fronteiras abertas e usam uma moeda única. O outro com muitas limitações e disputas intrabloco", comentou o dirigente, ao citar às frequentes celeumas expostas pela concorrência entre as cadeias produtivas do arroz e do leite. Ele ponderou, entretanto, que o grupo formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai deverá ganhar muito com a experiência da UE e amadurecer como bloco. 

Mãos dos presidentes 

O presidente da Farsul também chamou atenção para a ampliação da visibilidade que este acordo irá proporcionar ao Brasil. "Isso dará, sem dúvida, maior confiabilidade na hora de comercializar, na hora de elaborar e assinar os acordos sanitários, na hora de sentar às mesas de negociação", observou, na entrevista dada a Alex Soares, no programa que vai ao ar na Rádio Acústica. 

Gedeão atribuiu boa parte do mérito pela assinatura do acordo, negociado há mais de vinte anos, ao empenho dos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Argentina, Maurício Macri, ambos com perfis liberais. 

Ouça abaixo as entrevistas do programa deste sábado

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Por Alex Soares 

   
 

Gedeão Pereira, presidente da Farsul
Coordenador das Comissões da Farsul, Rodrigo Rizzo
Diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle
Anderson Belloli, diretor-jurídico da Federarroz
Conexão Brasília- José Carlos Pires