Em balanço anual, Gedeão defende foco nos chineses e sugere o fim da estabilidade no serviço público

Em balanço anual, Gedeão defende foco nos chineses e sugere o fim da estabilidade no serviço público

Com um controlado otimismo com o futuro do agro nacional. Foi nessa toada que o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, comandou o tradicional balanço anual da entidades, nesta quinta-feira (7), em Porto Alegre. Durante as duas horas do encontro, iniciado com a transmissão da fala do presidente a uma cadeia de rádios da capital e do interior, o dirigente falou com entusiasmo do potencial mercado comprador da China, onde eles esteve em novembro, defendeu  uma abertura cada vez mais coerente do comércio internacional pelo Brasil, o aprofundamento das discussões para mudar as regras do Mercosul e o avanço das privatizações. 

Com a peculiar franqueza, ao falar da necessidade de enxugamento da máquina pública, Gedeão Pereira sugeriu o fim da estabilidade dos funcionários do serviço público. "Temos sim que começar a pensar em quebrar a estabilidade do funcionário público de alguma forma, por que do jeito que está as coisas estão ficando administráveis e estão todo mundo insatisfeito; inclusive os que se beneficiam disso, pois sequer recebem em dias os seus salários", comentou Gedeão ao classificar os poderes executivos de "gestores de folha pública".

Mais soja, menos arroz  

Na parte técnica da reunião, o economista-chefe da Farsul Antônio da Luz apresentou o desempenho da produção agrícola e pecuária gaúcha, ao mesmo tempo em projetou a futura safra. No geral, a produção agrícola gaúcha deverá crescer 3,4% na contabilidade de 2019. A soja, que teve queda de 6,4% na colheita de 2018, deverá colher algo em torno de 2,5% a mais. Já o arroz, que arranca com uma área plantada inferior a 1 milhão de hectares, deverá amargar uma quebra de produção da ordem de 6,5%. colhendo menos de 8 milhões de toneladas. 

Já na pecuária, da Luz destacou a pequena queda do número de abates no Estado em 2018 em função da menor demanda do mercado doméstico. Fator complicador, segundo o economista, é o baixo número de plantas frigoríficas habilitadas no Rio Grande do Sul para exportação. "Das 300, apenas quatro são credenciadas,e lógico que isso aumenta a dependência do consumo doméstico nacional, que por sua vez é bem concorrido", explicou o técnico.  

Veja um resumo das manifestações de Gedeão Pereira.